Os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e seus aliados, um grupo conhecido como OPEP Plus (OPEP+), concordaram em cortar a produção de petróleo em outubro em 100 mil barris por dia e, assim, retornar aos níveis de agosto. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (5) no site da organização.
De acordo com o grupo (os países da Opep, além de outros países com grande produção de petróleo mas que não fazem parte da Organização, como Bahrein, México e Rússia), o aumento de produção de 100 mil barris por dia em setembro foi acordado apenas por um mês.
A OPEP+ destacou o "impacto negativo da volatilidade e redução da liquidez" no mercado petrolífero e a necessidade de tomar medidas para manter a estabilidade do mercado e o seu funcionamento eficiente.
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"A reunião observou que a maior volatilidade e o aumento da incerteza exigem uma avaliação constante das condições de mercado e a disposição de ajustar imediatamente a produção de várias formas, se necessário, e que a OPEP+ tem o compromisso, a flexibilidade e os fundos no âmbito dos mecanismos existentes”, diz o documento.
A decisão da OPEP+ acontece após a realização de uma reunião dos ministros das Finanças do G7, na última sexta-feira (2), na qual foi aprovada a imposição de um teto para o preço do petróleo da Rússia. A expectativa é que a decisão entre em vigor nos próximos meses, quando chegar o inverno (em dezembro no Hemisfério Norte). Nesse contexto, o apelo dos países do G7 era para que os países produtores aumentassem a produção para evitar a volatilidade.
As autoridades russas, por sua vez, alertam que não venderão combustível para os países que apoiam a iniciativa de limitar o preço do seu petróleo.
A diminuição da oferta levou a um aumento de 3,9%, por barril no preço do petróleo tipo Brent, chegando a US$ 96,63 (R$ 499,07) por barril no começo desta segunda-feira (5).
*colaborou Serguei Monin
Edição: Arturo Hartmann