em nome da família

Corrupção, improbidade... Parlamentares bolsonaristas lideram pendências judiciais

Maior número de investigados pela Justiça está no PL, de Jair Bolsonaro e dos filhos Flávio e Eduardo

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Jair Bolsonaro tem sido muito eficaz em evitar investigações sobre as denúncias de corrupção - JIM WATSON / AFP

Levantamento realizado pelo site Congresso em Foco revela que o discurso contra a corrupção vociferado por Jair Bolsonaro (PL) e apoiadores não encontra eco na realidade entre aliados do presidente no Congresso Nacional, que respondem a quase o dobro de ações judiciais que os parlamentares de partidos que apoiam Lula (PT).

Dois 182 parlamentares bolsonaristas, 27% - 51 deles - respondem a investigações eleitorais, criminais ou de improbidade administrativa. Já entre os 130 deputados e senadores de partidos que apoiam Lula, apenas 16% - 23 parlamentares - têm alguma pendência judicial.

Entre os processos, os principais são investigações sobre corrupção, improbidade administrativa e danos ao erário público.

Nono partido ao qual Bolsonaro se filia e pelo qual disputa a eleição presidencial deste ano, o PL lidera a lista com 21 de seus 51 parlamentares respondendo a inquéritos na Justiça, incluindo Arthur Lira (PL-AL), presidente da Câmara e íntimo de Bolsonaro, que é investigado por recebido mais de R$ 100 mil em propina em esquema de corrupção na Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).

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No PL, são investigados ainda os filhos do presidente, Flávio e Eduardo Bolsonaro.

O PP, do ministro da Casa Civil Ciro Nogueira, tem 19 parlamentares com pendências judiciais, e o Republicanos, do vice general Hamilton Mourão e de Edir Macedo, 10. Outros partidos, como o PTB, de Roberto Jefferson e Daniel Silveira, também estão na mira da Justiça.

Entre os partidos que apoiam Lula, o PT tem 13 membros alvos de investigação. No Senado, Telmário Mota, do PROS - partido da base de apoia a Lula, que tem três processados - é investigado, mas já declarou apoio a Bolsonaro.

O PSB, do vice Geraldo Alckmin, também tem 3 investigados. Avante e PCdoB têm dois parlamentares com pendência na Justiça e o Solidariedade um. 

Rede, PV e Psol não possuem parlamentares processados no âmbito criminal, eleitoral ou administrativo.