O presidente russo, Vladimir Putin, e o líder chinês, Xi Jinping, se reuniram nesta quinta-feira (15) durante a cúpula da Organização de Cooperação de Xangai (SCO), realizada em Samarcanda, a capital do Uzbequistão. O encontro foi marcado por declarações de reforço da aliança entre os dois países na arena internacional e também foi a primeira vez que Xi teve agenda internacional fora da China desde fevereiro de 2020.
Putin declarou que aprecia muito a "posição equilibrada dos amigos chineses" em relação à situação na Ucrânia. Ao mesmo tempo, ele manifestou apoio à China na questão de Taiwan, condenando "as provocações dos Estados Unidos" e defendendo o princípio de "uma só China".
Putin também expressou confiança de que a reunião com Xi daria um novo impulso à parceria estratégica russo-chinesa, "tanto bilateral quanto internacionalmente".
"As tentativas de criar um mundo unipolar recentemente assumiram uma forma absolutamente repulsiva e são absolutamente inaceitáveis para a esmagadora maioria dos Estados do planeta", acrescentou Putin.
O líder chinês, por sua vez, afirmou que a China "está disposta a fazer esforços com a Rússia para assumir sua responsabilidade de grandes potências, e assumir o papel de guia para injetar estabilidade e energia positiva em um mundo caótico".
O evento também contou com a participação dos líderes da Índia, Paquistão, Turquia, Irã, entre outros países. O centro das atenções, no entanto, foi a reunião entre Putin e Xi Jinping, em meio à situação da Rússia no campo de batalha com a contraofensiva ucraniana na região de Kharkov na última semana.
Moscou, por sua vez, vem promovendo cada vez mais uma política de reorientação da sua diplomacia para o Oriente em meio à crise na relação com o Ocidente, que isolou economicamente a Rússia após o início do conflito na Ucrânia em 24 de fevereiro.
Edição: Thales Schmidt