VIOLÊNCIA POLÍTICA

TSE autoriza o envio das Forças Armadas para 11 estados no 1º turno das eleições

Auxílio de militares com segurança e logística é comum, mas neste ano TREs citaram aumento das tensões políticas

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Desfile do Exército em Brasília em 7 de Setembro de 2021 - Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, autorizou o envio das Forças Armadas para reforçar a segurança no 1º turno das eleições, em 2 de outubro, em 561 localidades de 11 estados. A decisão ainda precisa obter aval do plenário do TSE.

As tropas foram requisitadas pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) dos estados. As justificativas são o acirramento da disputa eleitoral, a polarização política e dificuldades logísticas de acessar áreas isoladas, como aldeias indígenas.

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Os cerca de 30 mil militares do Exército, Marinha ou Aeronáutica serão enviados ao Acre (21 localidades), Alagoas (2), Amazonas (26), Ceará (36), Maranhão (97), Mato Grosso do Sul (8), Mato Grosso (31), Pará (78), Piauí (85), Rio de Janeiro (167), Tocantins (10). 

TSEs em alerta com aumento da violência 

A presença das Forças Armadas nas zonas eleitorais é comum nas eleições brasileiras. Em 2018 as tropas foram deslocadas também para 11 estados, atendendo 369 zonas eleitorais em 510 cidades.

Neste ano, porém, os TREs estão em alerta em razão do aumento da violência provocada por grupos ou indivíduos de extrema-direita. Entre eles, o assassinato do petista Marcelo de Arruda em Foz do Iguaçu (PR) e do eleitor de Lula Bendito Cardoso dos Santos, em Mato Grosso.

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O candidato ao governo de São Paulo Fernando Haddad cancelou eventos de campanha nas cidades paulistas de Presidente Prudente e Ribeirão Preto. Nos dois casos, os motivos foram ameaças e falta de seguranças. 

O cenário internacional também dá sinais do recrudescimento da violência. É o caso da tentativa de homicídio contra a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, e o assassinato do ex-premiê japonês Shinzo Abe. 

Edição: Lucas Weber