77ªAGNU

Assembleia geral da ONU começa nesta terça; veja temas centrais de debate

Brasil é primeiro Estado a discursar na sessão com presença confirmada de Jair Bolsonaro

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, afirma que Assembleia Geral das Nações Unidas acontece num momento de “grande perigo” para o mundo - Cia Park / ONU

Nesta terça-feira (20), iniciam-se os discursos de chefes de Estado na 77ª Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU), em Nova York. Como acontece desde 1949, o Brasil é o primeiro Estado a discursar. Esta pode ser a última participação de Jair Bolsonaro no plenário das Nações Unidas. 

Outros Estados a discursar nesta terça são Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Paraguai, Honduras, Guatemala, Peru, além da Alemanha, França, Itália, Japão e Polônia. 

Na AGNU, os 194 Estados-membros aprovam o orçamento anual do organismo, elegem representantes para o Conselho de Segurança da ONU e definem a agenda comum para o período seguinte. O lema dos debates deste ano é "Soluções por meio da solidariedade, sustentabilidade e ciência".

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O presidente da 77ª Assembleia Geral, Csaba Kőrösi, destacou que o objetivo do encontro é “atuar para promover um progresso mensurável na transformação da sustentabilidade e cultivar a solidariedade”. 

A guerra na Ucrânia será um dos temas de destaque, marcado pelo discurso do presidente da AGNU ressaltando que a nova sessão inicia num momento marcado por "divisões geopolíticas cada vez maiores e incerteza prolongada", disse Kőrösi.

A pandemia e o aumento da fome em todo o planeta também foram mencionados pelo diplomata húngaro. Emergência climática, crise energética e as tensões entre Estados Unidos e China em torno de Taiwan também devem ser assuntos presentes nos discursos dos chefes de Estado e de governo.


Novo presidente da Assembleia Geral, Csaba Korosi (centro), tomou posse nesta segunda-feira (19), ao lado do secretário-geral da ONU, Antonio Guterres (esq) / Evan Schneider / ONU

O secretário geral da ONU, Antonio Guterres, ressaltou já na abertura, nesta terça (20), que a organização é a casa da "cooperação global" e a Assembleia Geral o que dá vida a essa colaboração.  Guterres alertou que os meses adiante continuarão "testando a força e a durabilidade do multilateralismo que a ONU representa". 

Guterres avaliou que o mundo está "arruinado pela guerra, castigado pelo caos climático, marcado pelo ódio e envergonhado pela pobreza, fome e desigualdade".

Edição: Arturo Hartmann