O memorial surge a partir da compra do acervo, pela Prefeitura do Recife, de um fã de Luiz Gonzaga
Em 2022, faz 33 anos que o Nordeste sente saudade do Rei do Baião. Luiz Gonzaga está entre os grandes artistas da música brasileira. Ele sintetizou os ritmos nordestinos através de uma releitura da cultura popular que resultou na criação do baião.
O gênero musical ganhou sucesso nas décadas de 40 e 50, levando e fixando o encanto da música nordestina a vários lugares do Brasil e do exterior.
A trajetória de Gonzaga foi tão significativa que, em 2008, a Secretaria de Cultura e a Fundação de Cultura na cidade do Recife, inaugurou o Memorial Luiz Gonzaga.
“O memorial Luiz Gonzaga surge a partir da compra do acervo, pela Prefeitura do Recife, de um fã de Luiz Gonzaga que passou muitos anos juntando materiais, discos, principalmente recortes de imagens sobre Luiz Gonzaga. Temos muitos discos, inclusive raríssimos, da década de 40, desse comecinho da carreira de Luiz Gonzaga”, conta Marcos Antonio, educador e criador do Memorial.
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No memorial, estão reunidos discos raros, fotos, instrumentos musicais e objetos típicos da cultura sertaneja, além de vasta biografia sobre o Rei do Baião, sua importância para a cultura brasileira e as repercussões de sua obra até os dias atuais.
Na sua música, os trechos são considerados uma enciclopédia, pois tudo que se queira saber sobre a vida do homem do campo é possível ouvir nos discos de Gonzaga. Ele cantou e decantou, como dizia, sobre a fauna, a flora e a vida do homem sertanejo.
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“Estamos falando de um nordestino, pobre e preto, que chegou no Rio de Janeiro, venceu a partir da sua arte e vai ajudar a divulgar a cultura de um povo”, reforça Marcos Antônio.
O memorial, que completou 14 anos de atividades no último dia 2 de agosto, estava fechado desde 2020. Agora reaberto e com a melhoria do lugar, o rico acervo reassume a missão de levar ao público os bens de cultura, material e imaterial produzidos por e a partir de Luiz Gonzaga.
Edição: Vanessa Gonzaga e Daniel Lamir
