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Colômbia destina 681 mil hectares para reforma agrária

Governo de Gustavo Petro pede fim de "invasões" e fala em "mensagem tranquilizadora"

São Paulo (SP) |
Plantação de morangos nas proximidades de Bogotá, na Colômbia - Raul Arboleda / AFP

Começa a reforma agrária na Colômbia. Após décadas de conflito pela posse da terra, o governo do país iniciou a titulação de 681 mil hectares de terra para comunidades historicamente marginalizadas. Populações rurais, indígenas e afrodescendentes serão as beneficiárias.

Os títulos emitidos este mês virão acompanhados de uma oferta social completa em benefício de mais de 1 mil famílias em Cauca, Putumayo, Antioquia, Córdoba, Tolima, Risaralda, Amazonas, Huila e Vichada.

"Não basta entregar os títulos de propriedade, que são uma ótima notícia para essas famílias. São mais de 1.800 famílias que receberão, nas próximas semanas, seus títulos de propriedade, com os quais poderão dormir tranquilamente, por tê-los em suas casas e em suas terras. Mas será preciso monitorar a geração de renda, a economia alimentar local nas comunidades e também interligar as cadeias produtivas nos seus territórios", diz Diego Bautista, presidente da Agência de Desenvolvimento Rural.

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Durante essa primeira etapa de entrega de títulos e terras, o governo nacional fez um chamado pelo fim das invasões de territórios, que foram notícia nas últimas semanas por dificultar o plano da reforma agrária.

"Esperamos que, com isso, seja transmitida uma mensagem tranquilizadora aos que aspiram ao acesso e formalização da terra. Aqui não será nem com organizações particulares de proteção à propriedade privada, nem com invasões, nem com ocupações. Tudo será feito através da via institucional", afirma Gerardo Vega, diretor da Agência Nacional de Terras.

Uma das apostas do governo de Petro é a implementação do cadastro multifuncional, que buscará arrecadar mais impostos sobre latifúndios que se beneficiaram principalmente de megaprojetos de infraestrutura.

Edição: teleSUR