De acordo com o Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass), 685.935 brasileiros morreram de covid-19. Destes, segundo dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) cerca de 682.405 estariam hoje em idade de votar, mas tiveram seu direito a participar da democracia do país interrompido pela pandemia. Durante o dia de hoje (26), internautas lembraram estes números e defenderam que brasileiros pensem neles no próximo domingo. “Vamos votar por eles”.
Muitas dessas mortes seriam evitáveis, se o governo de Jair Bolsonaro, candidato à reeleição, tivesse tomado a conduta que era seu dever, em vez de desprezado o vírus como fez. “Gripezinha”, “e daí? não sou coveiro”, “(usar máscara) é coisa de maricas”, estão entre as falas do presidente durante os piores momentos da pandemia. Foram quatro ministros da Saúde que ocuparam o cargo. Trata-se do único presidente do mundo democrático que não tomou vacina.
Como resultado, o Brasil é o segundo país com mais mortes pelo vírus no mundo. O total de possíveis eleitores vítimas da covid é maior do que todo o colégio eleitoral de estados como Roraima (366.240), Amapá (550.687) e Acre (588.430).
O número de mortos pela pandemia de covid quase chega ao total de eleitores brasileiros no exterior (697.078). Ao levar em conta o eleitorado dos municípios do país, apenas 15 cidades possuem mais pessoas aptas a votar do que os mortos pela covid-19 de todo o país. Há também cidades inteiras com menos eleitores, como São Luís (659.779), Campo Grande (595.174), Maceió (579.962), Natal (534.582), Teresina (531.953), João Pessoa (489.028), Cuiabá (415.100) e Aracajú (397.228).
Vote por eles’
“Os que ficaram, vão fazer valer seus votos, para que situações como a que aconteceu nunca mais se repita”, disse o internauta Douglas. “Não podemos deixar esquecer isso”, completou o jornalista Emílio Moreno. A magistrada Andréa Pachá, autora de livros como A vida não é justa e Segredo de Justiça lembrou que “Aproximadamente 2.450 seções eleitorais a menos. Eram eleitores. Morreram de covid-19”.
Alguns internautas lembraram histórias de pessoas próximas, vidas abreviadas pelo vírus. “Uma amiga de 24 anos Outro amigo com 40 Um colega de trabalho de 46 Irmão de uma amiga rapaz com menos de 40 anos Quantas famílias arrasadas sem terem ao menos a oportunidade de lutar pela vida com a vacina. Não perdoo esse governo, e não perdoo quem insiste em apoiá-los”, disse Denis. Andrea Pacha reforçou: “Para a gripezinha ou resfriadinho, eu perdi dois avós e um tio”.
Aproximadamente 2.450 seções eleitorais a menos.
— Andréa Pachá (@AndreaMPacha) September 26, 2022
Eram eleitores. Morreram de COVID-19.
Meu irmão nessa estatística 🥺
— Nilopolitano de esquerda🚩💙🤍 (@BravaGente2023) September 26, 2022
Meu voto vai ser tb por ele. #foragenocida
Uma amiga de 24 anos
— Denis Gonçalves (@DGDG02101412) September 26, 2022
Outro amigo com 40
Um colega de trabalho de 46
Irmão de uma amiga rapaz com menos de 40 anos
Quantas famílias arrasadas sem terem ao menos a oportunidade de lutar pela vida com a vacina.
Não perdoo esse governo, e não perdoo quem insiste em apoia-los
A morte de mais de 680 mil pessoas não pode ser esquecida. Principalmente as cerca de 400 mil mortes que PODERIAM TER SIDO EVITADAS.
— Rene Piazentin 1️⃣3️⃣🧔🏻 (@Rene_Piazentin) September 26, 2022
Vote também por elas.