O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue na liderança da corrida presidencial no segundo turno, segundo levantamento publicado nesta quinta-feira (6) pela Quaest. Lula tem 48% das intenções de voto, enquanto Jair Bolsonaro (PL), 41%.
O levantamento foi contratado pelo banco Genial e registrado no TSE com o número BR-07940/2022. A pesquisa ouviu 2 mil pessoas, de maneira presencial, entre segunda-feira (3) e quarta (5). A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Lula venceria o pleito com 54% dos votos válidos contra 46% de Bolsonaro. O índice de rejeição de ambos os candidatos caiu: de Bolsonaro, de 55% para 50% e de Lula, de 44% para 41%.
Primeiro turno
No primeiro turno das eleições, Lula somou 48,4% do total de votos válidos, enquanto Bolsonaro chegou em segundo, com 43,2%. O percentual de votos do atual presidente ficou distante do que vinha sendo apontado por alguns dos principais institutos de pesquisa, o que gerou críticas.
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Em artigo publicado no jornal O Globo, o cientista político Felipe Nunes, diretor da Quaest, afirmou que há uma série de motivos que podem ter levado para resultados tão discrepantes. Ele lembra que alguns institutos conseguiram acertar o percentual dos votos de Lula, mas não os de Bolsonaro, e outros, o contrário.
"O segundo tempo do jogo acaba de começar. Em vez de focar exclusivamente no placar, a história recente recomenda prestar mais atenção aos detalhes do jogo. O medo da volta do PT, o merecimento de uma segunda chance e a rejeição pessoal dos candidatos são três indicadores que farão toda a diferença neste novo ciclo de disputas entre dois homens que buscam uma nova chance para provar ao Brasil que podem ser melhores", afirmou Nunes, no texto.
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O cientista político disse, ainda, que é preciso destacar que todas as pesquisas mostraram, desde o início, que Lula era o candidato com maiores intenções de voto, seguido por Bolsonaro, e ambos bem à frente dos demais. A chamada "terceira via" não conseguiu se consolidar.
"Tudo isso foi previsto pelas pesquisas. O que as pesquisas não conseguiram detectar foi a intensidade do crescimento dos votos em Bolsonaro na reta final. Este é um ponto de atenção que todos que trabalham com pesquisa precisam admitir, até para as correções virem a tempo, já para o segundo turno", afirmou.
Edição: Nicolau Soares