intenções de votos

Datafolha: Lula tem 53% e Bolsonaro 47% no 2º turno da eleição presidencial

Instituto ouviu 2.884 pessoas em todo o país; margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |

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Lula (PT) e Bolsonaro (PL): um dos dois estará no Planalto a partir de 1º de janeiro de 2023 - Miguel SCHINCARIOL / AFP

Pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira (7) mostra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) líder na disputa contra o atual ocupante do Planalto, Jair Bolsonaro (PL). Lula tem 53%, contra 47% do presidente dos votos válidos para o segundo turno.

A pesquisa, contratada pela TV Globo e pela Folha de S. Paulo, contou com 2.884 entrevistas em todo o país, e foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-08758/2022. Os pesquisadores foram às ruas em 179 cidades entre quarta-feira (5) e a própria sexta (7).

Nas intenções de voto, Lula marca 49%, enquanto Bolsonaro aparece com 44%. Indecisos somam 2% e brancos e nulos, 6%.

Este é a primeira projeção publicada pelo Datafolha após a apuração dos votos no primeiro turno. Na primeira rodada da votação, Lula somou 48,4% dos votos válidos. Bolsonaro ficou na segunda posição, com 43,2%.

:: O que explica a diferença entre as pesquisas de intenção de voto e o resultado das eleições? ::

Às vésperas da votação do primeiro turno, alguns dos institutos de pesquisa apontavam Bolsonaro com intenções de voto bem abaixo desse somatório. Por isso, os institutos têm sido alvo de críticas de bolsonaristas. O ministro da Justiça, Anderson Torres, acionou a Polícia Federal para investigar alguns institutos.

Institutos se defendem

Em artigo publicado no jornal O Globo, o cientista político Felipe Nunes, diretor da Quaest, afirmou que há uma série de motivos que podem ter levado para resultados tão discrepantes. Ele lembra que alguns institutos conseguiram acertar o percentual dos votos de Lula, mas não os de Bolsonaro, e outros, o contrário.

:: Para especialistas, chance de vitória de Lula levou ao voto útil de ciristas em Bolsonaro ::

"O segundo tempo do jogo acaba de começar. Em vez de focar exclusivamente no placar, a história recente recomenda prestar mais atenção aos detalhes do jogo. O medo da volta do PT, o merecimento de uma segunda chance e a rejeição pessoal dos candidatos são três indicadores que farão toda a diferença neste novo ciclo de disputas entre dois homens que buscam uma nova chance para provar ao Brasil que podem ser melhores", afirmou Nunes, no texto.

Edição: Vivian Virissimo