Após ser filmado tentando comprar o voto de seus funcionários no presidente Jair Bolsonaro (PL), o empresário Maurício Lopes Fernandes, dono de uma empresa de tijolos, terá que pagar uma indenização de R$ 150 mil e registrar formalmente todos os trabalhadores que prestam serviço à sua empresa.
O acordo foi firmado via um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com o Ministério Público do Trabalho do Pará (MPT-PA), na manhã desta sexta-feira (7), assinado por Lopes Fernandes.
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No documento, o empresário se comprometeu em pagar a indenização de R$ 150 mil, sendo R$ 50 mil para campanhas de conscientização política e R$ 100 mil para projetos sociais; pagamento de R$ 2 mil para cada trabalhador, registrado ou não; assinar a carteira de trabalho de todos os funcionários; e divulgar um vídeo com pedido de desculpas, em até 48 horas.
Consta ainda, no acordo, o indiciamento do empresário pelo crime eleitoral previsto no Artigo 299 do Código Eleitoral, que proíbe “dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, ainda que a oferta não seja aceita.”
No vídeo em que aparece pressionando os trabalhadores para votarem em Bolsonaro, o empresário afirma que dará R$ 200 para cada um, caso o atual presidente se reeleja. Mas, em caso de êxito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), fecharia a empresa.
Edição: Vivian Virissimo