O Ministério Público do Peru acusou, nesta terça-feira (11), o presidente Pedro Castillo de organização criminosa e tráfico de influência, o que teria ocorrido por meio de uma suposta organização para fraudar licitações. Castillo, por sua vez, reagiu e afirma que parte da promotoria está politizada.
"Quero informar à comunidade internacional que hoje começou uma nova forma de golpe de Estado no Peru", disse o presidente peruano em coletiva de imprensa.
Em sua rede social, Castillo também afirmou que a casa de sua irmã foi vasculhada pelas autoridades, e que sua mãe mora no mesmo local e "este ato abusivo afetou sua saúde". "Responsabilizo a Procuradoria-Geral da Nação pela saúde da senhora minha mãe".
A denúncia contra o presidente foi apresentada ao Congresso, que analisará o caso em uma Comissão e pode encaminhá-lo para o plenário.
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"Foram encontrados sinais sérios e reveladores de uma suposta organização criminosa no governo", afirmou a procuradora-geral do Peru, Patricia Benavides, no cargo desde junho deste ano.
O Ministério Público e uma equipe especial da polícia fizeram buscas em escritórios e residências de seis congressistas do partido centrista Ação Popular (AP). A promotoria afirma que existe um grupo criminoso chamado "Los Niños".
Castillo já venceu duas tentativas de impeachment durante seu mandato e foi impedido pela justiça de viajar a Bogotá para acompanhar a cerimônia de posse presidencial de Gustavo Petro e Francia Márquez, na Colômbia. Ele afirma ser vítima de uma constante politização do judiciário.
Edição: Arturo Hartmann