Não é exagero afirmar que neste 2º turno Raquel Lyra (PSDB) é a candidata favorita dos empresários. Considerando os mais de 10 postulantes ao Governo do Estado, ela só ficou atrás de Miguel Coelho (União Brasil) no quesito receber doações de empresários. Não à toa o ex-prefeito de Petrolina, que recebeu mais de R$ 2 milhões privados, tratou de declarar apoio à tucana ainda na noite do domingo (2).
Dos R$ 11,5 milhões recebidos por Raquel para a campanha deste ano, a maior parte vem através do fundo partidário, como de costume, mas sua campanha também teve injeção – até agora – de R$ 1,02 milhão oriundos de doações privadas. Para se ter uma ideia, a terceira campanha com mais doações privadas foi a de Danilo Cabral (PSB), que recebeu apenas R$85 mil, menos de um décimo do que recebeu Raquel.
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Já Marília Arraes (Solidariedade), adversária da tucana neste 2º embate, recebeu R$11,2 milhões para a campanha, mas suas doações privadas não chegam a 1% desse valor. Os dois doadores foram Waldemar Oliveira (R$ 5 mil), que é agora deputado federal eleito pelo Avante, além de irmão do vice de Marília, Sebastião Oliveira; de Cícera Maria Soares Gomes (R$ 37 mil), pequena empresária do ramo de roupas e vestuário. Juntos somam R$42 mil, o que representa 4% das doações privadas recebidas por Raquel.
Disparidade de doações privadas
E quem são os doadores da campanha da tucana? Em sua maioria empresários do ramo da construção civil e imobiliárias, com alguns sobrenomes bastante conhecidos do mundo empresarial local e nacional.
Alguns doadores são Frederico Jose de Alencar Loyo Filho (doou R$70 mil), ou Fred Loyo, empresário milionário da construção civil e que foi candidato a 1º suplente da candidatura derrotada de Guilherme Coelho ao Senado; Antônio Benevolo do Amaral Carrilho (R$25 mil) e Ricardo do Amaral Carrilho (R$25 mil), ambos da Construtora Carrilho; Alexandre Jorge Klaus Wanderley (R$30 mil), da Pernambuco Construtora; Marcos Augusto de Sá Pereira Freire Filho (R$40 mil), empresário do ramo imobiliário; Adaílton José dos Santos Filho (R$35 mil), empresário baiano dos ramos imobiliário e construção civil; Abílio Jorge Faria da Costa (R$35 mil), também da construção civil e terceirização de serviços.
A maior doação individual vem do senador Tasso Jereissati (doou R$ 150 mil), líder de um conglomerado empresarial de uma das famílias mais ricas do Ceará; também há doações de Elie Horn (R$ 100 mil), bilionário sírio-brasileiro do ramo da construção civil, fundador da construtora Cyrela e 43ª pessoa mais rica do Brasil; Maria Auxiliadora Mendonça (R$100 mil), esposa de João Carlos Paes Mendonça, líder do conglomerado midiático-empresarial Grupo JCPM; Jorge Cavalcanti Petribu (R$50 mil), empresário do setores imobiliário e sucroalcooleiro; Eliezer Menezes dos Santos (R$40 mil), empresário detentor de postos de combustíveis; e Fábio Ermírio de Moraes (R$35 mil), bilionário e conselheiro da empresa de cimento Votorantim, são alguns dos principais doadores, mas não todos.
As informações sobre valores e doadores estão disponíveis no site do TSE. Clique e confira a discriminação de doadores de Marília e Raquel.
Fonte: BdF Pernambuco
Edição: Vanessa Gonzaga