Pesquisa divulgada nesta segunda-feira (17) pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) mostra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em vantagem contra Jair Bolsonaro (PL) na disputa do segundo turno das eleições presidenciais. Quando levados em conta os votos válidos, que excluem brancos, nulos, abstenções e indecisos, Lula soma 53,5%, enquanto Bolsonaro tem 46,5%. O levantamento foi feito pelo instituto MDA.
No cômputo dos votos totais, Lula tem 48,1% das intenções de voto, contra 41,8% de Bolsonaro na pesquisa estimulada (quando os nomes dos candidatos são apresentados aos entrevistados). Na pesquisa espontânea (sem apresentação dos nomes), Lula somou 46,4%, contra 40,6% de Bolsonaro. Ou seja, em todos os cenários apresentados, a vantagem de Lula é próxima de seis pontos percentuais.
A pesquisa foi a primeira feita pelo MDA após a votação no primeiro turno. Foram 2.002 pessoas entrevistadas presencialmente, entre os dias 14 e 16 de outubro (sexta-feira a domingo). A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos. O levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o código BR 05514/2022.
O levantamento mostrou grande índice de decisão entre os eleitores de ambos os candidatos: 94,2% dos eleitores de Lula disseram que não mudarão o voto, enquanto 95,1% dos que declararam voto em Bolsonaro afirmaram que com certeza permanecerão com a decisão até o dia 30 de outubro.
Um obstáculo para as intenções de virada de Bolsonaro está na rejeição ao candidato. Segundo a pesquisa, 39,3% das pesoas ouvidas disseram que votariam "com certeza" no atual presidente, enquanto 9,4% disseram que poderiam votar e 50,1% afirmaram que não votariam. Para Lula, os índices são de 44,5% (votariam com certeza), 10,0% (poderiam votar) e 44,4% (não votariam).
Avaliação do governo
Os entrevistados foram perguntados também sobre a avaliação do governo Bolsonaro. No total, 34,9% disseram que avaliam o governo como "ótimo" ou "bom". Por outro lado, 39,6% veem a gestão bolsonarista como "ruim" ou "péssima". Outros 24,5% disseram que acham regular.
Edição: Nicolau Soares