A Rússia realizou novos ataques na capital ucraniana de Kiev na manhã desta segunda-feira (17). Desta vez, os ataques foram realizados através dos chamados "drones-kamikazes", atingindo instalações de energia e áreas residenciais da cidade. Quatro pessoas morreram e 19 foram resgatadas dos escombros. Os trabalhos de resgate continuam.
Foram relatadas pelo menos quatro explosões na capital do país. Os ataques ocorreram uma semana após o bombardeio maciço da infraestrutura energética em todo o território da Ucrânia.
No total, Kiev foi atacada por 28 drones, a maioria dos quais foram derrubados pelos militares a partir de armas automáticas e sistemas de defesa aérea. O Ministério da Defesa russo afirma que os ataques foram realizados apenas na infraestrutura de energia com armas guiadas com precisão. No entanto, um prédio residencial também foi atingido.
Autoridades ucranianas publicaram fotos dos destroços de drones derrubados nesta segunda-feira, relatando a inscrição "Geranium-2" nos projéteis, que seria como o Ministério da Defesa russo classifica os drones kamikaze Shahed-136, comprados do Irã.
Já o chefe da política externa da União Europeia, Josep Borrell, afirmou que o possível fornecimento de drones iranianos à Rússia será investigado. De acordo com ele, se for comprovado que os ataques contra a Ucrânia foram realizados com armas iranianas, o bloco poderá aplicar novas sanções contra Teerã.
"Estamos seguindo com atenção a questão do possível fornecimento dos drones à Rússia por parte do Irã. Estamos recolhendo as provas e estamos prontos a reagir com os meios à nossa disposição", afirmou Borrell.
Na última sexta-feira (14), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, chegou a declarar que não haveria mais necessidade de realizar ataques maciços contra alvos na Ucrânia.
Edição: Arturo Hartmann