Steve Bannon foi condenado nesta sexta-feira (21) por se negar a testemunhar na investigação do Congresso dos EUA sobre a invasão do Capitólio em 6 de janeiro de 2021. O ex-assessor do presidente Donald Trump foi condenado a quatro meses de prisão e terá que pagar uma multa de US$ 6,5 mil.
Bannon se negou a cumprir uma intimação do Comitê da Câmara dos Representantes dos EUA que investiga a invasão do Capitólio e a entregar documentos solicitados pelo órgão.
A sentença foi dada pelo juiz do tribunal distrital em Washington D.C., Carl Nichols, e Bannon pode recorrer. Se a apelação não for aceita, Bannon terá que se entregar no dia 15 de novembro. O Departamento de Justiça pedia 6 meses de prisão e uma multa de US$ 200 mil.
Ao chegar ao tribunal para receber o resultado de seu julgamento, o extremista classificou o governo do presidente Joe Biden como "ilegítimo" e disse que haverá uma resposta nas eleições legislativas de 8 de novembro.
Ele enfrenta outros problemas legais em outro processo. Bannon é acusado de lavagem de dinheiro e conspiração em um suposto esquema de fraude em uma campanha pela internet para arrecadar fundos para a construção de muro na fronteira com o México. Bannon é acusado de embolsar para si o dinheiro doado. O muro para separar EUA e México foi uma das bandeiras de Trump na Casa Branca.
Liderança da extrema direita global, Bannon já se encontrou em mais de uma ocasião com o deputado federal (PSL-SP) e já esteve, inclusive, com o presidente Jair Bolsonaro (PSL). Em março de 2019, Bannon participou de um jantar na residência oficial do embaixador do Brasil em Washington com a presença do presidente brasileiro. O evento também contou com a participação do extremista Olavo de Carvalho, o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o então ministro da Justiça Sergio Moro.
Trump é convocado a depor
O ex-presidente Donald Trump foi convocado a depor diante do painel do Congresso que investiga a invasão do dia 6 de janeiro de 2021. A intimação pede que Trump apresente documentos que concernem a investigação até 4 de novembro, e que se apresente para depoimento no dia 14 de novembro. Se o ex-presidente não cumprir a ordem, pode sofrer consequências de um processo criminal.
Edição: Arturo Hartmann