Carlos Bolsonaro teria menos força do que o público imagina
Parece que as coisas não vão tão bem na campanha de Jair Bolsonaro, segundo um apoiador relevante do presidente - que possui quase um milhão de seguidores no Twitter e meio milhão de inscritos no YouTube.
Questionado se Bolsonaro estaria mal assessorado, ele respondeu à coluna: "pow, isso desde 1º de janeiro de 2019".
Além disso, ele também fez mais revelações sobre o clima que estaria na campanha nesse exato momento.
Segundo ele, muitos “influencers” e expoentes bolsonaristas nas redes evitam se reunir em grupos de Whatsapp por medo do inquérito das fake news, no Supremo Tribunal Federal. Além disso, ele afirma que o coordenador de comunicação da campanha do presidente à reeleição, Fabio Wajngarten, teria dificuldades de atuação dentro da campanha, por sua rixa com o ministro das Comunicações, Fábio Faria.
Outra fonte afirma que há muita dificuldade de organização estratégica, por conta dos cinco diferentes núcleos da campanha, dois deles formados pelos marqueteiros, outros dois formados pela ala política do centrão e outro pela turma mais ideológica do governo. E aponta que Carlos Bolsonaro teria menos força do que o público imagina.
Segundo essa fonte, “na campanha é todo dia uma treta diferente, cada um tentando emplacar a sua agenda”. Para a fonte, não há linha central de comando além de Jair Bolsonaro. Segundo ele, nada é feito na campanha sem antes passar pelo presidente e que, “no fim do dia, quem conquistar o coração do Jair, venceu”.
Em tom de desabafo a fonte também disse: “Jair Bolsonaro é uma caixinha de surpresas. Não escuta ninguém. Não existe plano para nada”.
Esse é o clima na campanha de Jair Bolsonaro na reta final do seguindo turno das eleições.
*Cleber Lourenço é observador e defensor da política, do Estado Democrático de Direito e da Constituição. Com passagens pela Revista Fórum e Congresso em Foco. Twitter e Instagram: @ocolunista_
**Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.
Edição: Rodrigo Gomes
