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Ayres Britto, Deborah Duprat, Sepúlveda Pertence: juristas lançam manifesto em apoio a Lula

Documento ganhou adesão de nomes ilustres do direito e já conta com 9 mil assinaturas

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
Evento no qual manifesto foi lido contou com participação de personalidades políticas e do direito - Divulgação

A campanha a favor de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno ganhou reforço na quinta-feira (20) com a adesão de importantes nomes do direito brasileiro a um manifesto organizado pela categoria em defesa da democracia e contra a postura autoritária de Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição.

A frente ampla se formou em torno do consenso de que, “a alternativa, representada pelo atual presidente, é o fim da democracia e dos direitos políticos”, conforme consta no documento.

“Queremos transmitir à sociedade o recado de que a Constituição precisa ser respeitada e de que a Constituição Brasileira pode padecer, caso o atual presidente seja reeleito, pois é do feitio dele fazer ameaças reais de ataques totalitários e fechamento de regime, com proposta de reeleição ilimitada, aumento de ministros aliados no STF e outras ameaças”, resume o advogado Jorge Messias, coordenador do ato.

Na internet, o manifesto já conta com quase 9 mil assinaturas e ganhou adesão também de nomes ilustres do direito brasileiro, como do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Sepúlveda Pertence. “Nossa jovem democracia demanda a honestidade, afinco e determinação que, confio intensamente, advirá da eleição de Lula para a Presidência da República”, declarou o jurista em carta lida pelo filho dele, o advogado Evandro Sepúlveda.

O ex-presidente do Conselho Federal da OAB, Cezar Britto, lembrou que a defesa de democracia e da Constituição são obrigação da categoria representada por todos os profissionais do direito. “Nós temos a obrigação constitucional de defender a democracia e uma sociedade fraterna. Esses bens estão sendo ameaçados pelo governo Bolsonaro que fala em fechamento de Congresso, desrespeito à pessoa humana e defende a violência e o uso de armas”, defendeu.

O ato agregou ainda estudantes de direito, ativistas e militantes e até mesmo políticos de direita, como a senadora Kátia Abreu.

A subprocuradora-geral da República aposentada, Deborah Duprat, lembrou que o consenso em torno do nome de Lula é mais que ideologia política, mas sim a única opção real disponível no momento para fazer frente aos desmandos autoritários de Bolsonaro.

“Nós temos um candidato que devastou as instituições democráticas. É hora de refletirmos sobre o significado da democracia por ela mesma e de lutar por aqueles que lutaram antes de nós, uma sociedade mais justa e mais igual”, declarou.

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Fonte: BdF Distrito Federal

Edição: Flávia Quirino