Durante a campanha presidencial de 2018, Jair Bolsonaro (PL) prometeu que criaria o programa Médicos pelo Brasil, para substituir o Mais Médicos, programa criado durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Após assumir o cargo, o mandatário demorou mais de três anos para implementar o programa.
O programa foi lançado em 1º de agosto de 2019 e instituído oficialmente pela Lei 13.958, de 18 de dezembro daquele ano. Somente em 18 de abril deste ano, durante evento no Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro anunciou os primeiros contratados pelo Médicos pelo Brasil.
O objetivo de ambos os programas, conforme descrito em lei, era o reforço da atenção primária de saúde no Sistema Único de Saúde (SUS) em municípios pequenos e remotos e em locais de vulnerabilidade. Estima-se que este primeiro contato do paciente com um médico resolva a maioria das reclamações de saúde.
O governo Bolsonaro jamais especificou tecnicamente em quais aspectos desejava reformar o Mais Médicos, além da criação de uma pessoa jurídica de direito privado que funcionaria como intermediário entre o Estado e os profissionais – a Agência para o Desenvolvimento da Atenção Primária à Saúde (Adaps).
O programa ainda segue engatinhando. Na última quarta-feira (26), o governo Bolsonaro anunciou o resultado da prova aplicada nos dias 9 e 11 de outubro, para vagas destinadas às regiões que mais precisam de profissionais, sendo 312 médicos tutores e 2.188 para bolsistas.
Edição: Thalita Pires