Às vésperas da decisão eleitoral que irá definir o próximo presidente, o Brasil é notícia mundo afora. Em reportagens, veículos estrangeiros ressaltam os últimos acontecimentos e a importância do segundo turno no país para a democracia e o futuro da Amazônia.
No New York Times, o título escolhido foi "Bolsonaro x Lula: o Brasil enfrenta uma escolha difícil com grandes apostas". O texto destaca que o pleito pode ter "repercussões globais" e que o povo pode escolher dar mais um mandato de "extrema direita" para Jair Bolsonaro (PL) ou eleger Lula (PT) "e devolver o Brasil a uma trilha esquerdista."
"A eleição traz grandes consequências para a Floresta Amazônica, que é crucial para a saúde do planeta. Bolsonaro destruiu as agências encarregadas de proteger a floresta, levando ao aumento do desmatamento, enquanto Lula prometeu erradicar a extração ilegal de madeira e mineração", diz o New York Times.
O texto ainda aponta a recessão econômica durante o mandato de Dilma Rousseff (PT), a operação Lava Jato e as ameaças de Bolsonaro de não reconhecer o resultado das urnas.
Já no Financial Times, foram entrevistadas pessoas que deixaram o Brasil após a eleição de Bolsonaro por receber ameaças por críticas ao presidente. Os cortes no orçamento de agências de proteção ambiental feitos pelo atual presidente também foram destacados pela publicação britânica.
O Financial Times conversou com o chefe de um "grupo tecnológico da agricultura" que preferiu não se identificar. Ele criticou Lula por ser "distanciado da realidade do povo do interior".
"À medida que uma das campanhas eleitorais mais acirradas do Brasil chega ao fim, o presidente de extrema direita Jair Bolsonaro e seu adversário, o veterano esquerdista Luiz Inácio Lula da Silva, concordam em uma coisa: o futuro de uma das maiores democracias do mundo está em jogo", publicou o Financial Times.
O espanhol El País, por sua vez, publicou reportagem sobre o debate televisivo de sexta-feira (28) e em sua manchete destacou a "tensão até o último minuto".
"Lula se esforçou para se apresentar como um gestor veterano que pode apresentar ao eleitorado as conquistas de dois mandatos. O ex-militar de extrema direita tentou se vender como alguém honesto, sem escândalos de corrupção, que à frente do Executivo fez o que pôde em uma situação desfavorável marcada pela pandemia", publicou o El País.