Momentos após o breve discurso em que não deixou claro se reconhece a derrota do último domingo, o segundo colocado nas eleições presidenciais, Jair Bolsonaro (PL) foi à sede do Supremo Tribunal Federal (STF) para uma reunião com ministros da corte na tarde desta terça-feira (1º).
Antes do encontro, o STF se manifestou oficialmente sobre a fala de Bolsonaro. Em nota oficial com apenas um curto parágrafo, a corte falou sobre "a importância" do pronunciamento, e afirmou que o presidente aceitou a derrota. Além disso, destacou o fato de Bolsonaro ter citado as manifestações em andamento pelo país.
"O Supremo Tribunal Federal consigna a importância do pronunciamento do Presidente da República em garantir o direito de ir e vir em relação aos bloqueios e, ao determinar o início da transição, reconhecer o resultado final das eleições", diz o texto.
Segundo o comentarista Valdo Cruz, do canal GloboNews, Bolsonaro gostaria de ter se encontrado com ministros do Supremo mais cedo nesta terça-feira. O convite para o encontro foi formalizado, mas negado. Os ministros disseram que só aceitariam receber (ou visitar) Bolsonaro após o reconhecimento da derrota.
A colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo, conversou com ministros durante o dia. Um deles resumiu o sentimento, segundo a jornalista: "estamos lidando com um moleque".
Bloqueios
Mais cedo, o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) referendou a decisão do ministro Alexandre de Moraes que determinou ao governo federal a adoção imediata de "todas as medidas necessárias e suficientes" para desobstruir as rodovias ocupadas por bolsonaristas.
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Em sua decisão, o ministro destacou que a Constituição assegura o direito de greve, manifestação ou paralisação, "não podendo ser exercidos", no entanto, "de maneira abusiva e atentatória à proteção dos direitos e liberdades dos demais".
Edição: Thalita Pires