A Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja) e a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) paralisaram suas atividades nesta segunda-feira (7) em adesão a uma suposta "greve geral" convocada por bolsonaristas que não aceitam o resultado da eleição.
As duas entidades, que representam produtores rurais do Estado que é o quinto maior produtor de grãos do país, anunciaram em suas redes sociais que não atenderiam ao público e seus associados "em apoio às manifestações pacíficas e ordeiras que estão ocorrendo em todo o Brasil".
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As manifestações citadas são na verdade atos golpistas, que pregam uma intervenção militar ilegal para evitar que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tome posse no dia 1º de janeiro. Elas começaram ainda no dia da eleição, logo após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proclamar a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas urnas.
Ainda no domingo da eleição, manifestantes fecharam rodovias em Mato Grosso, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Os protestos, ainda que pulverizados, evoluíram e foram registrados em 1.023 pontos do país, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
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Nesta segunda-feira, também segundo a PRF, só um protesto bloqueava parcialmente o tráfego numa rodovia federal na manhã desta segunda-feira. Ele ocorreu em Santarém (PA).
Também nesta segunda, manifestantes bolsonaristas convocaram uma greve geral, a qual pretendia fechar indústria, transporte e comércio. A greve não teve grande adesão mesmo em redutos bolsonaristas como o Mato Grosso do Sul.
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Empresas ligadas ao setor agropecuário, ligadas à Famasul e a Aprosoja, foram as que não deram expediente. Cabe destacar que um movimento de paralisação puxado por patrões não pode ser chamado de greve: se for esse o caso, trata-se de um locaute, proibido pela legislação brasileira.
O Brasil de Fato procurou a Famasul e a Aprosoja nesta tarde para que elas pudessem comentar seu apoio aos atos golpistas. Ninguém das entidades se pronunciou.
Edição: Nicolau Soares