A cesta básica de alimentos mais cara do país em outubro foi a de Porto Alegre. A pesquisa realizada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) aponta inflação mensal da cesta de 3,34%, elevando o custo dos produtos para R$ 768,83.
Dos 13 produtos que compõem o conjunto de gêneros alimentícios essenciais, oito ficaram mais caros. As maiores altas foram no preço da batata (aumento de 24,70%), da banana (16,31%) e do tomate (13,39%). Também registraram alta o pão (2,06%), o açúcar (0,67%), o arroz (0,44%) o café (0,33%) e a carne (0,26%).
Apesar da alta, o mês de outubro também contou com queda no preço de alguns produtos na capital gaúcha: o leite (-9,69%), a manteiga (-1,72%), o feijão (-1,23%), a farinha de trigo (-0,80%) e o óleo de soja (-0,46%).
De janeiro a outubro de 2022, a cesta acumula alta de 12,58%. Os itens que mais registraram inflação foram a batata (52,21%), a banana (45,92%), o leite (37,37%), a farinha de trigo (35,78%), a manteiga (25,39%), o café (22,66%) e o pão (19,02%).
Custo da cesta aumenta em 12 capitais
O valor do conjunto dos alimentos básicos aumentou em 12 das 17 capitais onde o Dieese realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. Entre setembro e outubro, as altas mais expressivas ocorreram em Porto Alegre (3,34%), Campo Grande (3,17%), Vitória (3,14%), Rio de Janeiro (3,10%) e Curitiba e Goiânia (ambas com 2,59%).
Abaixo de Porto Alegre, as cidades que registraram maior custo do conjunto dos alimentos básicos foram São Paulo (R$ 762,20), Florianópolis (R$ 753,82), Rio de Janeiro (R$ 736,28) e Campo Grande (R$ 733,65). A comparação dos valores da cesta, entre outubro de 2022 e outubro de 2021, mostrou que todas as capitais tiveram alta de preço, com variações que oscilaram entre 5,48%, em Vitória, e 15,38%, em Salvador.
Salário mínimo ideal
Em outubro de 2022, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.458,86, ou 5,33 vezes o mínimo de R$ 1.212,00. Em setembro, o valor necessário era de R$ 6.306,97 e correspondeu a 5,20 vezes o piso mínimo.
O Dieese calcula o salário mínimo necessário com base na cesta mais cara, que em outubro foi a de Porto Alegre. Leva em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
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Fonte: BdF Rio Grande do Sul
Edição: Marcelo Ferreira