O Ministério Público Federal (MPF) em Brasília pediu a abertura de investigação sobre o apagão de arquivos de computadores do Palácio do Planalto. Nesta sexta-feira (11), o portal Metrópoles noticiou que HDs dos equipamentos da Presidência da República teriam sido formatados diante de uma suposta ameaça de vírus.
O MPF quer que a Secretaria-Geral da Presidência explique de quem partiu a ordem de formatação dos HDs e se a pasta promoveu a apuração de responsabilidades sobre eventuais causas e responsáveis pelo ocorrido.
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De acordo com a reportagem do Metrópoles, o episódio causou “estranheza”, já que o aviso sobre a suposta ameaça foi disparado dias após a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno. Técnicos de área de informática do Palácio do Planalto foram “convocadas a chegar mais cedo no dia 3 de novembro, a quinta-feira seguinte à eleição, para atuarem em uma força-tarefa destinada a “amenizar” a situação.
Assim, a suspeita é que integrantes do atual governo tenham utilizado a suposta ameaça de vírus para apagar arquivos importantes – e potencialmente comprometedores – dos computadores da Presidência.
“Faz-se necessário, assim, para a adequada proteção do patrimônio público e para a segurança da informação constante de bancos de dados da maior relevância para o Estado brasileiro, que todas as circunstâncias do suposto ataque e da suposta formatação sejam apuradas, bem assim que os agentes públicos envolvidos na ocorrência sejam ouvidos, para melhor esclarecer os fatos, seus desdobramentos e consequências”, diz o MPF.