O Egito é o primeiro destino internacional do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O petista chega ao país africano para participar da COP27 nesta segunda-feira (14), onde encontrará com as principais candidatas aos ministérios do Meio Ambiente e Povos Originários.
Já estão no Egito as ex-ministras do Meio Ambiente Marina Silva e Izabella Teixeira, que são as principais cotadas para chefiar a pasta que já comandaram. Também estão na COP27 Sônia Guajajara e Joênia Wapichana, favoritas para o comando do Ministério dos Povos Originários.
Marina Silva, que foi eleita deputada federal em São Paulo pela Rede, está próxima do círculo principal de Lula e teve importante participação na eleição do petista. Há uma divisão na cúpula do partido em relação ao seu nome. Uma parte considera que a nomeação da parlamentar pode ser um recado do novo governo ao mundo, colocando a questão ambiental como prioridade.
Por outro lado, há integrantes do partido que consideram Marina Silva maior que a pasta e que suas posições irredutíveis podem gerar problemas para o governo, em um ambiente de constante negociação, como deve ser o mandato de Lula.
Izabella Teixeira comandou o Ministério do Meio Ambiente entre os anos de 2010 e 2016, atravessando os governos de Lula e Dilma Rousseff (PT). A ex-ministra foi responsável por formular a agenda ambiental do plano de governo do presidente eleito. Atualmente, ocupa a copresidência do Painel Internacional de Recursos, é consultora da COP27 e se tornou um dos principais nomes do mundo no debate climático.
Como adiantou o Brasil de Fato, Lula pode anunciar Sônia Guajajara como ministra do Ministério dos Povos Originários ainda na COP27. Seria outro anúncio que demonstraria o comprometimento do novo governo brasileiro com a questão climática.
Internamente, a Associação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) já aprovou o nome de Guajajara para a chefia da pasta e ela se encontrará com Lula durante a COP27 para acertar os detalhes para o anúncio. Entre os petistas, o nome da líder indígena é consenso.
Por fora, corre a deputada federal Joênia Wapichana (Rede-RR). Quem a defende, argumenta que a saída de Guajajara do Congresso Nacional enfraquece a bancada do cocar, que tem 4 parlamentares.
Edição: Thalita Pires