O presidente eleito Luís Inácio Lula da Silva (PT) chega a Brasília nesta terça-feira (22) para uma série de agendas que envolvem o período de transição de governo. Esta será a segunda vez que o petista vem à capital federal desde que se elegeu, em 30 de outubro.
Lula, que se recupera de uma cirurgia nas cordas vocais feita no domingo (20), deverá discutir com lideranças da equipe de transição os nomes que irão compor o grupo técnico (GT) da Defesa.
Esse é um dos 31 núcleos criados pela equipe do presidente para atuar neste período de transição. Os integrantes já debateram alguns nomes, entre eles civis e militares, para apresentar ao presidente, a quem caberá a decisão final.
A agenda do petista ainda não foi oficialmente divulgada pela assessoria de Lula, mas o presidente deverá também se reunir com aliados para tratar das articulações políticas em torno da "PEC da Transição", a proposta de emenda constitucional que prevê detalhes orçamentários para custear despesas do primeiro ano do próximo governo. A ideia é deixar R$ 198 bilhões em investimentos fora do Teto de Gastos, o instrumento de ajuste fiscal que limita os gastos no âmbito da administração federal.
A equipe do presidente eleito já entregou ao Congresso Nacional, no último dia 17, uma minuta da PEC, mas o texto ainda depende de costuras políticas para ganhar algumas definições. O primeiro round de votação da proposta deverá se dar na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e a previsão é de que os parlamentares do colegiado avaliem o texto por volta do dia 30 deste mês. Até lá Lula e seus articuladores políticos tentam alinhavar acordos com as diferentes bancadas partidárias da Casa para garantir um sinal verde à PEC.
Outro ponto do roteiro do presidente na capital federal será a discussão de possíveis nomes para capitanear os ministérios da gestão, assunto que a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, havia dito que entraria na lista de demandas do presidente em sua chegada à cidade.
Edição: Nicolau Soares