Abrindo a reunião da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) nesta terça-feira (29), o secretário-geral da aliança militar, Jens Stoltenberg, alertou que a Otan estaria pronta para defender cada centímetro de seu território contra invasões.
Ele enfatizou que a aliança não está envolvida neste conflito, mas seus membros fornecem à Ucrânia um apoio sem precedentes para que ela possa se defender da Rússia.
"Não podemos deixar Putin vencer, caso contrário, isso dará luz verde a outros líderes autoritários, mostrará a eles que eles podem atingir seus objetivos por meio da força militar. Isso tornará nosso mundo ainda mais perigoso para todos nós. Portanto, é do nosso interesse comum de segurança apoiar a Ucrânia", disse Stoltenberg.
Ele acusou a Rússia de intensificar a brutalidade da guerra e mencionou o fardo financeiro que ela impôs à Europa e a outros países do mundo.
"Na verdade, todos nós pagamos o preço da guerra russa na Ucrânia, mas pagamos esse preço em dinheiro, enquanto a Ucrânia paga com sangue", disse o secretário-geral da Otan.
Ao comentar a possibilidade da Ucrânia aderir à aliança militar liderada pelos EUA, Jens Stoltenberg afirmou que o país um dia se tornará membro da maior organização mundial de segurança. De acordo com ele, "a porta da Otan está aberta".
O secretário-geral da organização acrescentou que "a Rússia não tem poder de veto" sobre a adesão de países na Otan.
Stoltenberg observou, no entanto, que a Ucrânia não deve fazer parte da Otan em um futuro próximo, destacando que, em meio a uma guerra, a organização não deve "fazer nada que possa minar a unidade dos aliados para fornecer apoio militar, humanitário e financeiro à Ucrânia".
Edição: Thales Schmidt