Depois de 17 dias seguidos ligados na tela da TV, os fãs de futebol terão uma quarta-feira melancólica neste dia 7. Pela primeira vez desde a abertura da Copa do Mundo do Catar, a bola não rola no principal torneio de futebol do planeta. A competição volta na próxima sexta (9), com as quartas de final. O Brasil de Fato aproveita o "descanso" para apresentar os destaques do torneio até aqui.
Em um torneio marcado por surpresas desde a primeira fase, a Copa tem Marrocos como uma das poucas equipes ainda invictas. Porém, várias equipes tradicionais afugentaram as zebras e também estão garantidas nas quartas de final. Apontadas como principais candidatas pelas famosas bolsas de apostas britânicas antes do começo do torneio, as seleções de Brasil, França e Argentina chegam com moral, mesmo após as supreendentes derrotas para Camarões, Tunísia e Arábia Saudita na fase inicial.
Os destaques
Após uma primeira fase em que nenhuma equipe conseguiu os nove pontos (referentes a três vitórias), as melhores campanhas até aqui são as de Inglaterra e Holanda, que têm, cada uma, três vitórias e um empate. Brasil, Portugal, Argentina e França vêm na sequência, com três vitórias e uma derrota.
O surpreendente time marroquino chega às quartas de final sem perder (com duas vitórias e dois empates) e com a melhor defesa do Mundial até aqui: sofreu apenas um gol. A Croácia, adversária do Brasil, ainda não perdeu, mas tem apenas uma vitória.
Entre os jogadores, destaque para o francês Kylian Mbappé. Artilheiro do torneio com cinco gols, ele foi escolhido o melhor jogador em campo nas três vitórias francesas até aqui, nos jogos contra Austrália, Dinamarca e Polônia. O craque argentino Lionel Messi foi eleito o craque da partida em duas oportunidades, contra México e Austrália.
Calendário das quartas de final
Os brasileiros, que vêm de uma convincente goleada por 4 a 1 sobre a Coreia do Sul, enfrentam a seleção da Croácia. A partida, marcada para sexta-feira às 12h (pelo horário de Brasília) é a primeira da fase de quartas de final. Os croatas estão invictos, mas têm apenas uma vitória até aqui, sobre o Canadá, além de empates contra Marrocos, Bélgica e Japão (com vitória nos pênaltis sobre os asiáticos).
A Holanda, mais uma equipe invicta, ainda não encheu os olhos. Sempre fanáticos, os torcedores holandeses não abraçaram o time. O treinador, Louis van Gaal, reclamou do pouco apoio no Catar. Mesmo pela televisão, as partidas da equipe de camisas laranjas têm chamado pouca atenção, e as audiências no país são as mais baixas das últimas décadas. Por outro lado, a Argentina tem uma das torcidas mais presentes e fanáticas nos estádios do Mundial, e eles devem ser maioria na partida de sexta-feira (às 16h de Brasília).
No sábado, às 12h, os marroquinos seguem tentando fazer história: ao chegarem às quartas, eles já igualaram a melhor campanha de uma equipe africana na Copa. Agora, o time quer superar Portugal para ser a primeira seleção do continente a chegar às semifinais. Já o time de Cristiano Ronaldo parece ter encontrado sua melhor forma... sem CR7. No banco de reservas, o astro português viu seu substituto, Gonçalo Ramos, marcar três gols na goleada histórica por 6 a 1, o placar mais elástico desta fase eliminatória e a segunda maior do país em Copas do Mundo.
Fechando as quartas de final, um confronto de enorme rivalidade (e amizade), dentro e fora dos esportes. Um jornalista francês um dia definiu os britânicos como "nossos mais queridos inimigos". França e Inglaterra disputarão pela primeira vez um confronto eliminatório em Copas do Mundo. A Inglaterra vem motivada, com a melhor campanha e o melhor ataque do Mundial até aqui (12 gols marcados, mesmo número de Portugal). Mas a atual campeã, França, mesmo cheia de desfalques, mostrou sua força, principalmente pelos pés de Mbappé. O jogo começa às 16h no sábado.
As semifinais estão marcadas para terça e quarta-feira da próxima semana (dias 13 e 14). Na terça, se enfrentam os vencedores dos confrontos Croácia x Brasil e Holanda x Argentina. A semifinal de quarta terá os vencedores de Marrocos x Portugal e Inglaterra x França.
Edição: Rodrigo Durão Coelho