Ao ser perguntado sobre o time do Brasil, o treinador da seleção da Croácia, Zlatko Dalic, afirmou que era um adversário "assustador". Ele falava sobre o elenco atual da seleção brasileira, mas o histórico do confronto mostra que os croatas têm, sim, motivos para preocupação.
Em quatro jogos entre as equipes principais dos dois países, foram três vitórias brasileiras e um empate. As equipes se enfrentam nesta sexta-feira, às 12h (de Brasília), pelas quartas de final da Copa do Mundo do Catar.
O primeiro encontro foi uma partida amistosa em agosto de 2005, na cidade croata de Split. Kranjcar fez 1 a 0 para os croatas, mas Ricardinho fez o gol brasileiro e garantiu o empate.
O encontro seguinte já foi em uma Copa do Mundo: na edição de 2006, na Alemanha, vitória brasileira por 1 a 0, gol de Kaká. Era a estreia das duas equipes naquele Mundial.
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Oito anos mais tarde, novo encontro entre as duas equipes. Outra vez na estreia de ambas na Copa. Mais que isso: o confronto em São Paulo foi a abertura da Copa de 2014, no Brasil. A vitória brasileira veio de virada: o lateral Marcelo fez gol contra, mas Neymar fez dois gols e Oscar, um: vitória por 3 a 1.
Em 2018, já sob o comando de Tite, o Brasil venceu novamente: 2 a 0, em amistoso disputado em Londres. Neymar e Roberto Firmino fizeram os gols que garantiram a vitória brasileira.
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Brasil e Croácia também já fizeram um jogo entre as equipes "olímpicas": empate por 1 a 1 em 1996.
Croatas são os atuais vice-campeões
Parte integrante da antiga Iugoslávia, a Croácia só se filiou à Fifa em 1992. Mesmo sendo uma das seleções mais jovens do cenário internacional, a equipe já tem um histórico respeitável.
Logo na primeira Copa que disputaram, em 1998, os croatas surpreenderam o Mundo ao chegar à semifinal, em uma campanha que incluiu uma vitória por 3 a 0 sobre a Alemanha. Após perder de virada por 2 a 1 para a França na semifinal, o time venceu a Holanda e ficou com o terceiro lugar, além da artilharia, com Davor Suker, que marcou seis gols
No último Mundial, disputado na Rússia, uma campanha ainda melhor. Após passar invicta pela primeira fase, conseguindo inclusive uma vitória por 3 a 0 sobre a Argentina, a equipe chegou à decisão. Mais uma vez, porém, havia uma França no caminho. Os franceses venceram a final por 4 a 2. O bom desempenho rendeu a Luka Modric o título de melhor jogador do mundo naquele ano, quebrando a hegemonia de Messi e Cristiano Ronaldo, que dominavam a premiação havia uma década já.
"Talvez a gente preferisse enfrentar o Brasil na final, e não nas quartas", disse o treinador da equipe em entrevista coletiva após a definição do encontro. "O Brasil é a melhor equipe da Copa, e tem muitos bons jogadores. Mas não vamos desistir antes do jogo", completou.
Edição: Rodrigo Durão Coelho