Desastres

Chuvas deixam oito mortes em Minas Gerais e duas em Santa Catarina

A previsão é que as chuvas intensas, que atingem também o Rio de Janeiro, continuem até o fim da semana

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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Imagens que circulam nas redes sociais mostram carros submersos nas ruas de Camboriú, onde a Prefeitura decretou situação de emergência - Prefeitura de Camboriú/Divulgação

Até às 8h da manhã desta terça-feira (20), 91 municípios mineiros decretaram situação de emergência devido às chuvas intensas que atingem a região neste período, de acordo com a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil de Minas Gerais (Cedec-MG).

Também já foram contabilizadas oito mortes, 1.244 pessoas desabrigadas – que necessitam de abrigo público – e 4.344 desalojadas – que deixaram seus domicílios, mas se encontram em residências de conhecidos – desde 21 de setembro.

Para os próximos dias, a expectativa é de mais chuva até pelo menos a próxima quinta-feira (21). "Ao longo dos próximos três dias a instabilidade tende a aumentar, dessa forma há previsão de chuva volumosa, inclusive na capital e Região Metropolitana de Belo Horizonte", informou a Cedec-MG.

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Em Santa Catarina, as chuvas já provocaram duas mortes desde o início do mês até a manhã desta terça-feira (20): de uma jovem de 15 anos e outra de 17 anos, em Camboriú, a 80 quilômetros de Florianópolis. As mortes foram provocadas por um deslizamento de terra no bairro Jardim Aliança.

No total, 47 pessoas estão desabrigadas. Segundo a Defesa Civil do estado, pelo menos nove municípios estão em alerta máximo para potenciais deslizamentos de terra.

Nesta segunda-feira (19), a Prefeitura de Florianópolis informou que o governo municipal está "desde o início da manhã operando com caminhões hidro jato em vias da Capital. Até o momento, mais de 20 ruas tiveram a água retirada pelos caminhões, algumas mais de uma vez".

Imagens que circulam nas redes sociais mostram carros submersos nas ruas de Camboriú, onde a Prefeitura decretou situação de emergência.

No Rio de Janeiro, o Centro de Operações Rio (COR) informou que o município entrou em estágio de mobilização às 6h desta terça-feira (20) devido aos registros de fortes chuvas. Nas redes, circula um vídeo de uma cratera, aberta após tempestades, que engoliu parcialmente um carro no Morro São Jorge, em Macaé, Norte Fluminense.

Corte de verba de contenção a desastres  

As mortes devido às chuvas fortes ocorrem em meio aos cortes de 95% do governo de Jair Bolsonaro (PL) orçamento previsto para combate a desastres em 2023.

Em 2022, o orçamento previu R$ 53,9 milhões para prevenção e combate a desastres causados pelas chuvas. A previsão para 2023 era de apenas R$ 2,7 milhões. Para se ter uma ideia, em 2012, o governo de Dilma Rousseff (PT) autorizou gastos que, corrigidos para os valores de hoje segundo a inflação, chegariam a R$ 997 milhões.

No início deste mês, quando as fortes chuvas já começaram, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se solidarizou com vítimas de chuvas que atingiam diversas regiões do país e deixou clara a importância de "retomar verbas para prevenção de desastres naturais e defesa civil". 

Edição: Nicolau Soares