Ronda Política

Moraes determina nova multa a Silveira, Fábio Faria é exonerado das Comunicações e mais

Até agora, as multas contra o deputado bolsonarista totalizam R$ 4,3 milhões

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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Até agora, Daniel Silveira terá que pagar multas que totalizam R$ 4,3 milhões - Sergio Lima / AFP

O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, também presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou mais uma multa ao bolsonarista Daniel Silveira (PTB-RJ) de R$ 2,6 milhões. Até agora, as multas totalizam R$ 4,3 milhões. 

De acordo com o ministro, Silveira continuou descumprindo ordens judiciais mesmo após as primeiras multas, como a não utilização de tornozeleira eletrônica e a concessão de entrevistas sem autorização judicial. No total, o parlamentar desrespeitou as medidas cautelares 175 vezes. 

“As condutas do réu, que insiste em desrespeitar as medidas cautelares impostas nestes autos e referendadas pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal, revelam o seu completo desprezo pelo Poder Judiciário, comportamento verificado em diversas ocasiões", escreveu Alexandre de Moraes no documento que determinou a multa. 

Silveira foi condenado pelo STF a oito anos e nove meses de prisão por ataques e ameaças ao STF e seus ministros. A Corte também determinou a cassação de seu mandato. 

Fábio Faria é exonerado do Ministério das Comunicações 

O ministro das Comunicações Fábio Faria pediu demissão do cargo, de acordo com a edição desta quarta-feira (21) do Diário Oficial da União (DOU).  

Faria foi um dos ministros mais próximos de Jair Bolsonaro e estava no cargo desde junho de 2020. Até o momento, não foi nomeado nenhum substituto. 


Bolsonaro e o agora ex-ministro das Comunicações Fábio Faria / Evaristo Sá / AFP

O agora ex-ministro é deputado federal desde 2007, mas se licenciou do Câmara para chefiar a pasta. 

Congresso aprova aumento de salário de presidente, ministros e parlamentares 

O Congresso Nacional aprovou, na noite desta terça-feira (20), o reajuste salarial de 37% a 50% para presidente da República, ministros de estado, deputados e senadores. Na votação, apenas o PSOL, o Novo e alguns parlamentares isolados votaram contra o reajuste. 

Com isso, os salários serão equiparados aos de ministros do STF, chegando a R$ 46,4 mil. O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegará à Presidência com um aumento salarial de 50%, saindo de R$ 30,9 mil para R$ 46,4 mil. 

Diretor da PRF anunciado por Flávio Dino defendeu a prisão de Lula 

O novo diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no governo Lula (PT), Edmar Camata, anunciado pelo próximo ministro da Justiça Flávio Dino, já foi um apoiador contumaz da Operação Lava Jato e do agora ex-procurador e deputado federal eleito Deltan Dallagnol (Podemos-PR). 

Em julho de 2017, Camata publicou uma homenagem a Dallagnol em suas redes sociais. "À frente, o coordenador da força-tarefa, Deltan Dallagnol. Pude falar do orgulho e confiança que a ampla maioria dos brasileiros tem na atuação desses profissionais, que de maneira inovadora se impõem contra a corrupção", disse. 


Edmar Camata / Reprodução/Governo do Espírito Santo

Quando Lula foi preso, Camata publicou: "O fato, hoje, é que Lula está preso. Também estão presos Cabral, Cunha, Geddel, Vaccari, André Vargas, Henrique Alves, Palocci, Gim Argelo… todos presos. Todos inocentes? Todos sem provas? Lula não foi o primeiro. Ao contrário, sua prisão foi cercada de precauções, para muitos, desnecessárias", escreveu em 13 de abril de 2018. 

"Lula se difere por ser uma figura ainda com apoio popular. Ídolo, origem humilde e de representação social. Aí vem uma reflexão: a discussão sobre corrupção é menos importante quando o preso é alguém que gostamos? Ver Lula como inocente significa acreditar que há uma trama extremamente complexa e articulada que condenou 220 empresários, servidores e políticos em várias instâncias. Tudo a troco de condenar Lula", seguiu. 

Cláudio Castro e vice são novamente acusados por irregularidades na campanha 

A Procuradoria Regional Eleitoral do Rio de Janeiro protocolou uma nova ação contra o governador Cláudio Castro (PL) e o vice Thiago Pampolha (União Brasil), nesta terça-feira (20), por supostos gastos ilícitos durante a campanha de 2022. Na ação, o Ministério Público pede a cassação da chapa e a inelegibilidade de oito anos para ambos. 

Segundo a ação, foram identificados fornecedores com número reduzido de empregados, indicando possível insuficiência para a prestação dos serviços contratados. Ainda assim, as despesas com tais fornecedores totalizaram aproximadamente R$ 1 milhão. 

Edição: Vivian Virissimo