O deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) será o próximo chefe da Secretaria de Relações Institucionais (SRI) do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a partir de janeiro de 2023.
O anúncio foi feito por Lula, na manhã desta quinta-feira (22), em Brasília. O próximo presidente pretende utilizar a habilidade de negociação de Padilha a favor do governo. O deputado federal será responsável pela relação do Palácio do Planalto com a Câmara dos Deputados.
A primeira medida de Padilha à frente da SRI, que tem caráter de ministério, será a refundação do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), que funcionou durante o primeiro governo de Lula e que reúne representantes de diversos setores da sociedade para pensar soluções e projetos para o país.
Leia também: Combate à fome é desafio que só pode ser vencido com participação popular e financiamento
Padilha foi ministro da SRI entre os anos de 2009 e 2010, no segundo governo de Lula. Em 2011, foi alçado ao cargo de ministro da Saúde, durante a presidência de Dilma Rousseff (PT), onde ficou até 2016, quando a mandatária foi alvo de um golpe que a destituiu do poder.
No Congresso Nacional, Padilha terá uma árdua missão que é garantir a governabilidade de Lula em um ambiente complexo. Nas melhores contas, 220 parlamentares votam com o próximo governo. Na pior, cerca de 140. Entre os parlamentares, ressentidos bolsonaristas, que viram seu maior líder ser defenestrado do Palácio do Planalto pelo petista.
Médico infectologista, Padilha é deputado federal, cargo para o qual foi reeleito em 2022, com 140 mil votos. Quando foi ministro da Saúde, o petista foi responsável pela criação do programa Mais Médicos, que revolucionou o acesso da população mais pobre do país à atenção básica.
Em 2014, Padilha disputou o governo de São Paulo, pelo PT, mas foi derrotado por Geraldo Alckmin, candidato do PSDB, que hoje é o vice-presidente eleito, pelo PSB e na chapa encabeçada por Lula.
Edição: Nicolau Soares