O deputado federal eleito Luiz Marinho (PT-SP) foi nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para chefiar o Ministério do Trabalho. Atualmente, ele é presidente estadual do Partido dos Trabalhadores em São Paulo.
Nos governos Lula, Marinho já foi ministro do Trabalho, entre 2005 e 2007, e da Previdência, entre 2007 e 2008. Ele também foi prefeito de São Bernardo por dois mandatos, de 2009 a 2016.
No Trabalho, ele esteve à frente da maior elevação do salário mínimo apresentada desde então. Em abril de 2006, foi anunciado o aumento real de 13% no salário mínimo, que passou a R$ 350. No ano seguinte, chegou a R$ 380, representando um valor de 5,1%.
Marinho defenderá a revisão da Reforma Trabalhista, realizada durante o governo de Michel Temer (MDB). "Não é revogar simplesmente a reforma trabalhista. É reconstruir, levando em consideração o momento que vivemos", disse Marinho em entrevista ao Valor Econômico recentemente. Além da reforma, outras pautas entrarão no rol de seu trabalho, como a situação dos trabalhadores de aplicativo.
A escolha pelo nome se deve em parte à pressão do movimento sindicalista para indicar alguém da categoria para o Ministério do Trabalho. No último dia 16, sete centrais sindicais divulgaram nota conjunta em apoio à indicação do ex-sindicalista para a pasta.
Marinho ocupou a presidência do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC de 1996 a 2003, quando assumiu a presidência da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Antes, foi operário da Volkswagen, em São Bernardo, onde conheceu Lula. Uma de suas grandes vitórias enquanto metalúrgico foi quando negociou a reversão de cerca de 10 mil demissões em montadoras, em 1998.
Com a indicação de Marinho para o Ministério do Trabalho, sua vaga de deputado federal por São Paulo pela federação formada por PT, PCdoB e PV fica vaga. O primeiro suplente Orlando Silva (PCdoB-SP) assumirá o posto.
Edição: Nicolau Soares