Os deputados federais Charlles Evangelista (PP-MG) e Capitão Alberto Neto (PL-AM), que são apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), foram aos Estados Unidos pagos pela Câmara dos Deputados e fizeram uma reunião com um senador trumpista que contestou a vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais de 2020.
A viagem da dupla bolsonarista foi considerada uma "missão oficial" e foi custeada pelo Legislativo. Considerando o custo das passagens aéreas e das diárias para hospedagem e alimentação, o valor chegou a R$ 17.627,30 no caso do Capitão Alberto Neto, e R$ 13.393,08 no caso de Charlles Evangelista.
No total, o dinheiro público investido na viagem foi de R$ 31.020,38. A justificativa oficial foi a participação de ambos no Fórum Parlamentar de Inteligência e Segurança em Washington D.C, capital dos Estados Unidos, que reuniu congressistas de diversos países. O evento durou de 5 a 7 de dezembro.
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Durante a agenda, Capitão Alberto Neto e Charlles Evangelista encontraram um espaço para uma reunião com o senador trumpista Jake Landford. No dia da invasão do Capitólio, em 6 de janeiro de 2021, o congressista discursava contra o resultado das eleições quando foi interrompido pelos manifestantes golpistas.
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Reeleito para o Senado dos Estados Unidos há cerca de um mês, Landford é um político estadunidense de ultradireita e um dos principais aliados de Donald Trump. A pauta da reunião entre os deputados federais brasileiros e Landford não consta nos relatórios das viagens protocolados no site da Câmara.
O encontro ocorreu durante um café da manhã no dia 7 de dezembro e não foi registrado nas redes sociais dos bolsonaristas e do político trumpista. O Brasil de Fato não conseguiu estabelecer contato com as equipes de assessoria de imprensa dos deputados brasileiros. O espaço segue aberto para manifestações.
A invasão do Capitólio e a contestação do resultados das eleições por Donald Trump e seus apoiadores têm servido de inspiração para um movimento golpista no Brasil que contesta a vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições presidenciais de outubro.
Edição: Glauco Faria