Candidato mais votado do PT gaúcho para a Câmara em 2022 - 223,1 mil votos - o deputado federal Paulo Pimenta será o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação (Secom) no governo Lula. O anúncio foi feito hoje (29) pelo presidente eleito. Pimenta, 57 anos, é jornalista formado pelo Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e atualmente é também presidente regional do partido.
“Meu principal compromisso será resgatar a credibilidade da comunicação institucional do governo federal”, disse hoje o deputado em entrevista ao Diário de Santa Maria, sua cidade natal. Lembrou que a responsabilidade da Secom “é coordenar uma política de comunicação que envolve todas as áreas do governo: institucional, prestação de serviços, a publicidade e propaganda”.
“Longe da intolerância e do ódio”
Para Pimenta, “a comunicação institucional deve ter como centro de preocupação a prestação de serviços longe do ambiente de intolerância e de ódio que contaminou setores da sociedade brasileira e foi prejudicial ao país”. Reparou que “muitas vezes, a comunicação institucional foi substituída por um objetivo de fortalecimento de uma visão polêmica de temas que não dizem respeito ao governo e isso deve ser superado”.
O futuro ministro criticou os rumos da comunicação no mandato que está findando, quando jornalistas sofreram centenas de ataques partidos de Jair Bolsonaro, de seus filhos e de seus apoiadores.
“Teses absurdas de que a covid não existiu”
“Nós, neste último período do Brasil, tivemos uma relação muito desrespeitosa, em que profissionais de comunicação foram impedidos de realizar seu trabalho”, apontou ao jornal de sua cidade, reiterando que “o trabalho da imprensa é indispensável e decisivo para democracia e para garantir, inclusive, que o governo possa ser permanentemente acompanhado e fiscalizado”.
Condenando o emprego de dinheiro público em veículos sem credibilidade, o que ocorreu no período Bolsonaro, Pimenta insistiu: “Não é possível que as pessoas considerem normal que o governo federal coloque recursos públicos em plataformas que insistiam em teses absurdas de que a Covid não existiu, de que determinados remédios sem comprovação científica seriam eficientes, que desestimulasse a utilização da vacina, além da divulgação de informações inverídicas sobre a doença e as consequências da doença”. Na sua visão, a comunicação governamental “precisa ser uma ferramenta que leve segurança e informação confiável à sociedade”.
Fonte: BdF Rio Grande do Sul
Edição: Ayrton Centeno