Garantindo a liberdade de imprensa e a transparência na divulgação de informações do governo, o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) tomou posse como ministro da Secretaria de Comunicação Social na tarde desta terça-feira (3). Em seu discurso, o petista prometeu que acabará com uma prática do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que abandonou o país no dia 30 de dezembro do ano passado.
"Nos últimos anos, ergueram-se muros, barreiras e cercadinhos. Poucos falaram muito, nem sempre com qualidade no que diziam. Esse tempo acabou", garantiu Pimenta.
Entre as prioridades do governo, estará o confronto às notícias falsas, característica marcante do bolsonarismo. "Faremos um combate permanente às fake news. A boa informação é fundamental à sociedade. Nós vivemos um momento importante, essa foi a eleição mais importante de nossas vidas. Nesse desafio e responsabilidade, não temos o direito de errar."
"Combater as mentiras não é uma tarefa simples na sociedade moderna e como ela se organiza. Esse será um tema central. Durante o nosso governo, o Palácio do Planalto e os ministérios serão transparentes e eficientes", continuou Pimenta, que lamentou que o governo de Jair Bolsonaro tenha abdicado de campanhas importantes e históricas no país.
"Não é possível que o Ministério da Saúde não tenha feito mais campanhas de vacinação e de combate ao HIV, porque havia uma posição dentro do governo de não querer que esses temas fizessem parte do governo."
Por fim, Pimenta ressaltou a relevância das empresas públicas de comunicação. "A NBR [TV Nacional do Brasil] voltará a ter sua função de TV governamental, com objetivo de comunicar as ações do governo. A TV Brasil será uma TV pública, prezando pela qualidade de seus produtos."
O ministro afirmou que deverá entregar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) um projeto para fortalecer e retomar a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC). "A partir de amanhã, eu quero me dedicar a fazer um amplo debate sobre a EBC, vou dialogar com os setores da sociedade que debatem a EBC e teremos uma proposta para a nossa EBC."
Edição: Thalita Pires