Alguns dos principais jornais do mundo repercutem na tarde deste domingo (8) os atos golpistas em que apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contestam o resultado das eleições presidenciais.
O The New York Times, dos Estados Unidos, faz ampla cobertura dos acontecimentos, com atualizações em tempo real. O periódico relaciona os atos violentos aos constantes ataques de Bolsonaro ao sistema eleitoral.
“Foi a culminação violenta de incessantes ataques retóricos do Sr. Bolsonaro e seus apoiadores contra os sistemas eleitorais do país”, diz o texto.
O britânico The Guardian classifica os apoiadores de Bolsonaro como "extremistas".
"Milhares de extremistas bolsonaristas se recusaram a aceitar a vitória apertada de Lula nas eleições de outubro, passando as últimas semanas acampados do lado de fora das bases do Exército em todo o país e pedindo um golpe militar”, aponta.
A BBC reportou “dramáticas cenas” de destruição das sedes dos Três Poderes, em Brasília, e ressaltou os pedidos de intervenção militares dos manifestantes golpistas.
O Corriere della Sera, da Itália, também dedica espaço de destaque à cobertura, com transmissão ao vivo e vídeos dos episódios presenciados na capital federal.
O diário argentino Clarin falou em “explosão de fúria” e comparou as ações com os atos realizados no Capitólio, nos Estados Unidos, em que eleitores de Donald Trump realizaram invasão semelhante em Washington no dia 6 de janeiro de 2021.
O El País, da Espanha, classificou o ato como “extremista” e ressaltou o crescente desafio para o governo de Lula, que tomou posse no último domingo (1). “Em sua maioria com camisetas verde e amarela e bandeiras do Brasil, bolsonaristas se negam a aceitar a vitória de Lula em outubro passado”.
O jornal português Público lembrou que os manifestantes estavam concentrados em frente ao Quartel General do Exército e explicou aos seus leitores que o presidente Lula não está em Brasília neste domingo.
Edição: Geisa Marques e Vivian Virissimo