O advogado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Cristiano Zanin, acionou a Polícia Federal (PF) para identificar o homem que o ameaçou num banheiro do aeroporto de Brasília na última quarta-feira (11).
Ele pede à PF que confirme se o agressor é o empresários Luiz Carlos Basseto Júnior, de São Paulo, conforme informação que circula desde quinta-feira (12) nas redes sociais. O jornalista Marcelo Auler, da TV 247, foi quem primeiro obteve a identidade do agressor.
Zanin solicita ainda que a PF verifique se o agressor tem relação com os atos terroristas cometidos por bolsonaristas, que no domingo (8) depredaram as sedes dos Três Poderes na capital federal.
O bolsonarismo cultua o ódio e a violência. Toda a minha solidariedade ao advogado de Lula, Cristiano Zanin, atacado por um extremista fanático. Que o agressor, que fez questão de registrar sua covardia, seja identificado e punido. pic.twitter.com/VXnJovG3NX
— Humberto Costa (@senadorhumberto) January 11, 2023
De acordo com a colunista Bela Megale, do jornal O Globo, Zanin reconheceu a foto publicada com o nome de Bassetto como sendo o homem que o ameaçou. Por sua vez, o empresário apagou o perfil que mantinha no Instagram.
À PF, Zanin destaca que além dos xingamentos e ameaças de agressão, o homem conclamou pessoas a atacá-lo. “Vontade de meter a mão na orelha de um cara desse. Tinha que tomar um pau de todo mundo que está andando na rua”, disse ele, em vídeo divulgado nas redes sociais. Nesse sentido, o advogado alega que o comportamento do agressor coloca em risco a ordem pública.
Desagravo
Nesta sexta-feira (13), o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), atendendo a solicitação de três conselheiros e do grupo Prerrogativas, acatou o pedido de desagravo a favor de Zanin. Cerca de 500 advogados também assinaram a petição. O desagravo ocorrerá na próxima sessão do Conselho Federal da OAB.
Além disso, a OAB criou um grupo de trabalho permanente para atuar na proteção e defesa de advogados que sofrerem agressões por sua atuação profissional. De acordo com o presidente do conselho, José Alberto Simonetti, o grupo tem como objetivo “proteger a advocacia dessas agressões, para agir na identificação dos responsáveis; acionar judicial e administrativamente nas esferas competentes, representando os advogados e advogadas em juízo ou fora dele”.
“O Conselho Federal da OAB considera inaceitáveis agressões físicas ou verbais contra quaisquer advogadas ou advogados em decorrência de sua atuação profissional, como vêm ocorrendo frequente e sistematicamente no país”, afirmou Simonetti.