O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, anunciou que solicitará ao governo federal que a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) e a Central de Abastecimento de Minas Gerais (CeasaMinas) sejam retiradas do Plano Nacional de Desestatização.
"Eu vou pedir a retirada da Ceagesp São Paulo e da CeasaMinas do plano de privatização, porque são duas empresas lucrativas, que cumprem um papel muito importante para a comercialização dos produtos da agricultura familiar e cumprem um papel muito importante como centros de abastecimento de produtos nas regiões de São Paulo e de Belo Horizonte", declarou Teixeira, em entrevista à revista Carta Capital.
O Ceasa foi incluído no Plano Nacional de Desestatização em 2019, pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que abandonou o país em 30 de dezembro do ano passado. Já o CeasaMinas entrou para o programa há mais de 20 anos, em 2000, durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Em São Paulo, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) pretende transferir o Ceagesp da Vila Leopoldina para Perus. Teixeira explicou que a mudança dependerá de conversas entre o mandatário paulista e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
No dia 6 de janeiro, o coronel Ricardo Augusto Nascimento de Mello Araújo anunciou a sua renúncia, sem esperar pelo anúncio do nome que o substituiria. Provisoriamente, Teixeira nomeou o ex-prefeito de Jacareí (SP), Hamilton Ribeiro Mota, para o comando da Ceagesp.
Em visita à Ceagesp, Teixeira afirmou aos jornalistas que Lula pode escolher o nome do novo presidente do órgão em breve. "Fiz uma indicação provisória porque a diretoria renunciou e ela não pode ficar acéfala. Então fiz uma nomeação provisória e vou conversar sobre a direção da Ceagesp com o presidente Lula. Esperamos que o presidente bata o martelo na próxima semana."
Até o final do ano passado a Ceagesp estava vinculada ao Ministério da Economia, mas um decreto publicado no dia 1º de janeiro deste ano, pelo governo federal, passou a sua estrutura para o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar.
Edição: Thalita Pires