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Bem Viver na TV debate intolerância religiosa e traz Museu das Culturas Indígenas em SP

Programa destaca o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa e experiência inédita de museu dos povos originários

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Na foto, Busto de Mãe Gilda, homenageada no dia 21 de Janeiro como dia de Combate à Intolerância Religiosa.
Na foto, Busto de Mãe Gilda, homenageada no dia 21 de Janeiro como dia de Combate à Intolerância Religiosa. - Eloi Correa/ GOVBA

Esta edição do Bem Viver na TV, programa do Brasil de Fato, traz o debate do Dia de Combate a Intolerância Religiosa, 21 de janeiro, com uma entrevista com a ativista Makota Celinha Gonçalves, coordenadora do Centro Nacional de Africanidades (Cenarab).

A data foi instituída em 2007 em memória à Mãe Gilda, fundadora do terreiro de candomblé Ilê Axé Abassá em Salvador (BA), que sofreu perseguições, agressões, teve a casa e o terreiro invadidos depois de uma reportagem que promovia racismo religioso contra ela publicada no jornal da Igreja Universal do Reino de Deus. O sofrimento causado por esse episódio levou a um infarto e à morte da candomblecista.

Atualmente, a mesma lógica que abreviou a vida da sacerdotisa continua estigmatizando pessoas que seguem religiões de matrizes africanas.

"O cenário que estamos vivendo nos últimos anos é amedrontador. Nos remete a questões viscerais de convivência coletiva, em sociedade. Quando penso que o 21 de janeiro existe para que nós não nos esqueçamos da morte de Mãe Gilda, fico triste. Mãe Gilda é uma das mártires do racismo religioso que vivemos neste país. E, nos últimos anos, o que temos visto é um Estado cada vez mais fomentador do racismo, do ódio, do preconceito, da discriminação", denuncia Makota ao avaliar os retrocessos sociais que o conservadorismo trouxe ao povo brasileiro.

Um levantamento, publicado em setembro do ano passado, sobre as religiões de matriz africana no país mostra que 78,4% de pais e mães de santo brasileiros já foram alvo de violência, seja por intolerância ou por racismo religioso. A pesquisa coordenada pela Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde (Renafro) e pela entidade Ilê Omolu Oxum aponta ainda que 91,7% ouviram algum tipo de preconceito por conta da religião escolhida. 

Para Makota o que "incomoda" é a origem da religião afrobrasileira. "O que incomoda, não é a nossa forma de rezar, é a origem da nossa religião. Até porque, se olharmos para as religiões, vemos que elas são extremamente semelhantes, mas a nossa tem origem em África, tem origem nas negras e negros escravizados pela ganância do colonizador. E é disso que as pessoas não dão conta. Então, o racismo religioso expressa o ódio e a tentativa de destruição da nossa humanidade", afirma ela.

Recentemente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei 14.519, que institui o Dia Nacional das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé, que será celebrado em 21 de março. 

E tem mais...

Em São Paulo capital, existe um espaço todo voltado para a valorização e difusão do rico patrimônio dos povos originários é o Museu das Culturas Indígenas. O Mosaico Cultural mostra esta experiência de conhecer a realidade das diferentes etnias pelo olhar dos próprios indígenas. 

O espaço funciona por meio de uma proposta inovadora de gestão compartilhada entre povos originários.

O Alimento é Saúde mostra a herança ancestral na produção de ostras saudáveis em Florianópolis, Santa Catarina, a partir da experiência da . 

Já em Belo Horizonte (MG), o Momento Agroecológico traz uma rede que une noventa organizações da agroecologia com o objetivo de levar alimentos saudáveis para a zona urbana, a Rede Sisal.

E o movimento Periferia Segue Sagrando dá um salve das articulações das mulheres da Zona Sul de São Paulo.

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Onde assistir 

Nas redes sociais do Brasil de Fato (Facebook e YouTube); na TVT, no canal 44.1 – sinal digital HD aberto na Grande São Paulo e canal 512 NET HD-ABC; na TVCom Maceió, no canal 12 da NET; na TV Floripa, também no canal 12 da NET; na TVU (Universitária) Recife no canal 40 UHF digital; na TVE Bahia, no canal 30 (7.1 no aparelho) do sinal digital, e UnBTV em Brasília no Canal 15 da NET. 

Quando

Na TVT: sábado às 13h30; com reprise domingo às 6h30 e terça-feira às 20h. 

Na TVCom: sábados às 10h30, com reprise domingo às 10h. 

Na TVU Recife: sábados às 12h30, com reprise terça-feira às 21h. 

Na TVE Bahia: sábado às 12h30, com reprise quinta-feira às 7h30. 

Na UnBTV: sextas-feiras às 10h30 e 16h30.

Sintonize 

No rádio, o programa Bem Viver vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 11h às 12h, com reprise aos domingos, às 10h, na Rádio Brasil Atual. A sintonia é 98,9 FM na Grande São Paulo e 93,3 FM na Baixada Santista. 

O programa também é transmitido pela Rádio Brasil de Fato, das 11h às 12h, de segunda a sexta-feira. O programa Bem Viver também está nas plataformas Spotify, Google Podcasts, Itunes, Pocket Casts e Deezer. 

Assim como os demais conteúdos, o Brasil de Fato disponibiliza o programa Bem Viver de forma gratuita para rádios comunitárias, rádios-poste e outras emissoras que manifestarem interesse em veicular o conteúdo. Para fazer parte da nossa lista de distribuição, entre em contato pelo e-mail: [email protected].

Edição: Marina Duarte de Souza