A Advogacia-Geral da União (AGU) informou que acionou a Justiça Federal do Distrito Federal (DF) para solicitar o bloqueio de bens de 40 pessoas presas em flagrante nos atos golpistas de bolsonaristas contra a Praça dos Três Poderes no último dia 8 de janeiro.
Este é o segundo pedido do tipo feito pela AGU e, pela primeira vez, envolve pessoas diretamente envolvidas no quebra-quebra. No primeiro pedido, em 11 de janeiro, os alvos foram 52 pessoas e sete empresas suspeitas de financiar a ida dos grupos para Brasília, por exemplo, com o custeio de ônibus.
Nos dois casos, a AGU quer garantir que o prejuízo ao patrimônio público seja recuperado. Os bens bloqueados serão efetivamente usados para cobrir os gastos com a recuperação de instalações e objetos em caso de condenações definitivas dos acusados.
No total, os pedidos das duas ações chegam a R$ 18,5 milhões. Segundo a Advocacia-Geral, o valor é relativo a estimativas de danos apresentados pelo Palácio do Planalto, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), pelo Senado Federal e pela Câmara dos Deputados.
Os bloqueios atingem bens como imóveis, veículos e dinheiro em instituições financeiras. A AGU quer que o processo corra em segredo de justiça, já que foram incluídos dados relativos a autos de prisão em flagrante e investigações em andamento.
No pedido encaminhado à Justiça, a AGU lembrou que as pessoas acusadas "participaram ativamente em atos ilícitos dos quais, mais que os danos materiais ao patrimônio público federal objeto desta ação, resultaram danos à própria ordem democrática e à imagem brasileira".
Edição: Nicolau Soares