Os terremotos de grandes proporções que atingiram a Turquia e a Síria nesta segunda-feira (6) causaram mais de 2.700 mortes. Fontes do governo turco confirmaram 1.762 vítimas fatais no país, enquanto a imprensa internacional contabilizava mais de 968 mortes na Síria, segundo fontes oficiais. Esses números foram confirmados por volta das 17h (de Brasília) nesta segunda. É bastante provável que haja ainda mais mortes.
O primeiro tremor atingiu 7,8 graus na escala Richter - usada para medir terremotos. Não há registros de um tremor que tivesse ultrapassado os 10 pontos da escala - e foi registrado às 4h17 pelo horário local (22h17 de domingo em Brasília). Outras dezenas de tremores secundários foram registrados em seguida, sendo que um deles chegou a 7,7 graus na mesma escala, o que aumentou o número de estruturas atingidas e os estragos causados.
O epicentro do tremor está localizado próximo à cidade de Gaziantep, a nona maior da Turquia e que fica perto da fronteira com a Síria (a cidade de Aleppo, uma das mais atingidas pelos efeitos da guerra da Síria, fica a cerca de 120 quilômetros, por exemplo). Houve reflexos em dezenas de localidades dos dois países e também em outros, como Chipre, Jordânia, Líbano, Iraque, Geórgia e Armênia.
Os trabalhos de resgate de vítimas soterradas e recolhimento de corpos estão sendo dificultados pelo clima. O inverno rigoroso na região está fazendo com que muitas pessoas que tiveram suas casas atingidas fiquem na rua em meio a neve e chuva em muitos dos pontos onde o tremor foi mais intenso.
Apoio internacional
Governos de todo o mundo ofereceram solidariedade aos países atingidos. Alguns países, como Reino Unido e Áustria, confirmaram o envio de profissionais e equipamentos para ajudar nas buscas. O governo sírio solicitou apoio internacional para lidar com a situação.
Pelo Twitter, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que "O Brasil manifesta sua solidariedade com os povos dos dois países, com as famílias das vítimas e todos que perderam suas casas nessa tragédia".
Edição: Rodrigo Durão Coelho