O Ministério Público Militar (MPM) abriu oito investigações preliminares contra militares que supostamente participaram direta ou indiretamente dos atos criminosos praticados por bolsonaristas em 8 de janeiro, nas sedes dos Três Poderes, em Brasília.
Das oito investigações, três apuram o comportamento de oficiais-generais, a possível omissão das Forças Armadas diante dos crimes e a possibilidade de auxílio na fuga de bolsonaristas após os atos criminosos, segundo levantamento da Folha de S. Paulo.
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Uma quarta investigação recai exclusivamente sobre o embate entre o ex-comandante do Batalhão de Guarda Presidencial Jorge Paulo Fernandes da Hora e policiais militares. Jorge deixou o cargo depois que começaram a circular vídeos nos quais ele teria discutido com policiais militares e dificultado a prisão de bolsonaristas.
Uma outra notícia de fato foi aberta para apurar se Comando Militar da Amazônia, em Manaus, acolheu bolsonaristas logo após os crimes. Outras três apuram a participação isolada de militares nos atos.
Rogério Marinho é o líder da oposição no Senado
Após perder a disputa pela Presidência do Senado, o ex-ministro Rogério Marinho (PL-RN) foi escolhido como líder da oposição na casa legislativa. A vaga também foi disputada pelo senador Carlos Portinho (PL-RJ), que foi líder do governo Bolsonaro no Senado.
:: Ministro responsável por obras com Bolsonaro, Marinho foi bancado por empresários da construção ::
A vitória de Marinho ganhou sustentação dos principais partidos da base aliada do ex-presidente Jair Bolsonaro: PL, PP e Republicanos. Os três partidos devem formar o núcleo duro de oposição ao governo de Lula, representados por Tereza Cristina (PP-MS), ex-ministra da Agricultura e líder do PP, Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro da Casa Civil e líder da minoria parlamentar, Flávio Bolsonaro (PL-RJ), na liderança do PL, e o senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR), líder do Republicanos.
Bolsonaro pede ao STF invalidação da ação sobre reunião com embaixadores
A defesa de Jair Bolsonaro e de seu partido, o PL, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a invalidação de um processo que corre do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra o ex-presidente pelas declarações de cunho golpistas feitas durante uma reunião com embaixadores no Palácio do Alvorada, em julho do ano passado.
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Antes, o TSE há havia aplicado uma multa de R$ 25 mil à campanha de Bolsonaro por propaganda irregular antecipada. As punições e os processos podem ajudar a tese de torná-lo inelegível para os próximos pleitos.
Alunos da USP fazem abaixo-assinado contra retorno de Janaina Paschoal às aulas
O Centro Acadêmico 11 de Agosto, dos alunos da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), publicou uma nota contra o retorno da ex-deputada estadual Janaina Paschoal (PRTB-SP) ao corpo docente da instituição.
A notícia da volta de Janaina Paschoal, que perdeu a disputa ao Senado por São Paulo, causou "perturbação" entre os alunos, uma vez que abandonou os "valores democráticos", afirmam os estudantes na nota.
Os alunos também criticam o papel que Janaina Paschoal teve durante o golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e o seu apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A professora da USP ficou conhecida depois que assinou a ação que embasou o impeachment de Dilma.
"Desde que se tornou uma das lideranças e a principal fiadora jurídica da extrema-direita, Janaina abandonou os valores democráticos que devem permear as salas de aula da principal instituição de ensino jurídico do país", afirmam os alunos.
"Janaina Paschoal tem dado uma contribuição indecente para o país. Foi a responsável por fundamentar juridicamente o processo de impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff e, em 2018, apoiou e surfou a onda bolsonarista para alcançar um mandato na Assembleia Legislativa de São Paulo", prosseguem.
"Nos quatro anos sombrios que o país enfrentou sob o governo de Bolsonaro, Janaina se apresentou como uma espécie de bolsonarista esclarecida. No entanto, as suas supostas divergências com os movimentos de extrema-direita são mínimas e consideramos haver, em suas mãos, tanto sangue quanto nas mãos deles."
"Felizmente, a população de São Paulo a negou um mandato no Senado. Por outro lado, a sua derrota na política possibilita um retorno às arcadas. É por isso que, antes que pise novamente no Território Livre do Largo de São Francisco, queremos que saiba que não é mais bem-vinda", dizem.
"Hoje a Faculdade de Direito da USP é dos alunos negros e pobres. Hoje a universidade pertence aos defensores da democracia, não aos seus detratores. É exatamente por isso que você não cabe mais aqui. As nossas salas de aula se tornaram grandes demais para você", concluem.
Edição: Nicolau Soares