O governo da Venezuela enviou na madrugada desta quarta-feira (08) uma brigada humanitária à Turquia e à Síria para ajudar as autoridades locais nas operações de resgate após um terremoto que atingiu os países no último domingo e matou mais de 11 mil pessoas.
O grupo venezuelano está composto por 52 especialistas da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros que se uniram na Força Tarefa Humanitária Simón Bolívar. Além dos técnicos, Caracas enviou 22 toneladas de insumos para ajuda humanitária, entre medicamentos e alimentos.
Ao anunciar o envio do auxílio, o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yvan Gil, prestou as condolências do governo venezuelano às vítimas e disse que o país está pronto para auxiliar da melhor maneira possível.
::O que está acontecendo na Venezuela::
"Precisamos lembrar, sobretudo no caso do povo sírio, que é um país submetido a medidas coercitivas unilaterais. Aproveitamos o momento para pedir à comunidade internacional que levante sua voz para que as sanções, assim como contra a Venezuela, sejam suspensas", disse.
Já o ministro do Interior, Remigio Ceballos, afirmou que as brigadas são formadas por "especialistas com ampla experiência em emergências e desastres, para oferecer ajuda a nossos povos irmãos".
O avião levando assistência técnica e ajuda humanitária da Venezuela deve pousar primeiro na Síria, onde será entregue parte dos insumos e um grupo de bombeiros que ficará atuando no país.
Em seguida, na Turquia, o resto do carregamento será distribuído entre os afetados e as outras equipes se unirão aos grupos de resgate que trabalham atendendo os afetados no território.
O embaixador da Turquia na Venezuela, Aydan Karamanoglu, agradeceu a ação venezuelana e disse que o país não esquecerá "a solidariedade e a amizade da Venezuela nesses tempos difíceis".
No último domingo, um terremoto de magnitude 7,8 atingiu a Turquia e a Síria causando enormes estragos materiais, além da morte de 11.200 pessoas, até o momento, segundo o governo turco.
Até esta quarta-feira, 34.810 pessoas haviam ficado feridas e ao menos 3.700 prédios haviam sido danificados na Turquia. Na Síria, as principais cidades afetadas foram Aleppo, Hama, Latakia e Tartus.
Edição: Rodrigo Durão Coelho