Os terceirizados da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas (RS), entraram nesta quinta-feira (9) no seu décimo primeiro dia de greve. Permanecem paralisados mas aprovaram uma contraproposta e querem negociar com as empresas Estrutural, Manserv, Estel e Engevale.
Entre as reivindicações estão melhorias nos benefícios e salários ofertados para o trabalho na parada de manutenção da Refap. A contraproposta foi aprovada nesta terça-feira (7), feita com base no que foi encaminhado na segunda rodada de mediação do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4).
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Porém, na segunda-feira (6), a Seção de Dissídios Coletivos, do TRT4, ratificou a liminar que reconheceu a abusividade da greve. A decisão determina o retorno imediato às atividades na refinaria, sob pena de multa diária de R$ 200 por grevista, a ser dividida entre o próprio empregado e o sindicato da categoria.
Pressão sobre os empregados
Em assembleia, a comissão que representa os terceirizados criticou a postura do TRT4. Entende que apenas agrava a pena que recai sobre os trabalhadores, hoje já sofrendo com salários e benefícios rebaixados em relação a outras refinarias. Nesta quarta-feira, sindicalistas denunciaram, através de vídeos, que havia empresas pressionando seus funcionários a retornarem imediatamente ao trabalho.
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Apesar disso, os trabalhadores apostam na reabertura das negociações. Sua contraproposta inclui aumento para R$ 1 mil na ajuda de custo para estadia; reembolso das passagens de vinda e o pagamento integral do deslocamento de retorno dos trabalhadores que moram fora do Estado; vale alimentação de R$ 700,00; pagamento de 100% nas horas extras aos sábados; e aumento das horas prêmio ao término da parada de manutenção.
Readmissão dos demitidos
Eles também reivindicam a contemplação de três pontos relacionados à paralisação que são os seguintes: abono dos dias parados; readmissão ou pagamento integral dos trabalhadores demitidos; e suspensão das advertências e multas.
A paralisação do trabalho da parada de manutenção da Refap foi deflagrada em 30 de janeiro mas suspensa nos dias 1º e 2 de fevereiro devido às tratativas em curso envolvendo terceirizados, empresas e Justiça. Como a proposta negociada foi avaliada como insatisfatória, os trabalhadores aprovaram a retomada da greve.
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Fonte: BdF Rio Grande do Sul
Edição: Marcelo Ferreira