Pacheco conseguiu a reeleição e garantiu a normalidade política dentro da casa
A vitória do senador Rodrigo Pacheco(PSD-MG) demonstrou a força das articulações do Palácio do Planalto e, no fundo, se transformou numa espécie de muro de contenção ao avanço do bolsonarismo no Senado.
Isto porque, na reta final da eleição da Mesa Diretora, a candidatura do senador Rogério Marinho (PL- RN) ganhou musculatura com a adesão explicita do ex-presidente Jair Bolsonaro e colocou em risco a reeleição do parlamentar mineiro.
Com um resultado apertado, Pacheco conseguiu a reeleição e garantiu a normalidade política dentro da casa, garantindo uma vitória ao governo e à democracia.
Enquanto isso, na Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP- AL) saiu vitorioso com votação histórica. Ele obteve o apoio de 464 dos 513 deputados, contando com o apoio do governo, oposicionistas e do seu bloco de origem: o Centrão.
Trama golpista
Um dia depois da eleição no Congresso, o senador Marcos do Val (Podemos - ES), revelou que participou de uma reunião golpista com ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O senador disse que Bolsonaro o havia coagido, ao lado do ex-deputado cassado e preso, Daniel Silveira (PTB- RJ), a participar de um plano golpista. A ideia era grampear o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, com a finalidade de capturar alguma fala comprometedora e usá-la para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Após a repercussão, o senador mudou a versão da história e tentou minimizar a participação de Bolsonaro no plano. Apesar de grave, a revelação de Marcos do Val é frágil e cheia de contradições.
Panela de pressão
A panela do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, está fervendo. Indicado pelo União Brasil para compor o governo, o ministro está sendo acusado de destinar verbas do Orçamento Secreto para pavimentar uma estrada que passa perto da fazenda dele no Maranhão.
Além disso, outra investigação trazida pela imprensa apontou que Juscelino usou nomes falsos para contratar uma empresa de Táxi Aéreo, em São Paulo. Ele havia usado o nome de pessoas desconhecidas para justificar o pagamento de viagens de helicóptero no Maranhão. O dinheiro usado para pagar pelos serviços veio do Fundo Eleitoral.
Onde assistir
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Edição: Thalita Pires