A Polícia Federal deflagrou uma operação contra uma organização criminosa supostamente envolvida com a compra de ouro ilícito em Roraima, nesta terça-feira (14). A ação ocorre em meio às determinações do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e da Justiça para estancar o garimpo ilegal em terras indígenas, como a Terra Indígena Yanomami, que fica entre os estados de Roraima e Amazonas.
No total, a operação Avis Aurea, como foi denominada, foram realizados 13 mandados de busca e apreensão, em Roraima, São Paulo e em Goiás, expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal da Justiça Federal em Roraima, de acordo com um comunicado da PF.
A investigação começou depois que a Polícia Rodoviária Federal (PF) apreendeu cerca de R$ 4 milhões em espécie dentro de um automóvel em Cáceres, do Mato Grosso. Ao longo de um inquérito policial, a PF descobriu que o valor seria somente uma parcela de compra de ouro em Roraima.
“Parte da organização estaria baseada no estado e receberia valores de pessoas físicas e jurídicas de outros locais com o fim de adquirir ouro de garimpos ilegais. O dinheiro seria movimentado, principalmente, por via terrestre, saindo das regiões Sudeste e Centro-Oeste com destino à cidade de Boa Vista/RR, em viagens que poderiam demorar mais de uma semana”, informou a PF.
“Já para a saída do ouro de Roraima, o grupo contaria com o apoio de um funcionário de uma companhia aérea que auxiliaria o despacho do mineral.”
Ainda de acordo com a PF, a organização teria movimentado pelo menos R$ 422 milhões em cinco anos.
Edição: Rodrigo Durão Coelho