Cerca de 76% dos brasileiros concordam com o posicionamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em diminuir a taxa de juros, que segue em 13,75% por decisão unânime do Banco Central (BC).
Apenas 14% não concordam que o petista “está certo em tentar forçar a queda da taxa de juros”, segundo a pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta terça-feira (14). Outros 8% não souberam responder.
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A discussão ganhou corpo depois que Lula passou a criticar abertamente o aumento da taxa de juros. Por meio do Comitê de Política Monetária (Copom), em 31 de janeiro deste ano, a instituição manteve a taxa básica de juros (Selic) em 13,75%, uma das mais altas da série histórica apresentada pelo comitê. O presidente do Bacen, Roberto Campos Neto, sinalizou, inclusive, que a taxa deve se manter em alta durante o ano inteiro. Desde então, as críticas ao Banco Central vêm se avolumando.
“Vou esperar esse cidadão [Campos Neto] terminar o mandato dele para a gente fazer uma avaliação do que significou o Banco Central independente”, disse Lula. "Esse país está dando certo? Esse país está crescendo? O povo está melhorando de vida? Não. Então, eu quero saber de que serviu a independência”, disse Lula.
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Em outra ocasião, o presidente afirmou que o Senado deve analisar a responsabilidade de Campos Neto. “Eu acho que esse cidadão [Campos Neto] que foi indicado pelo Senado tem a possibilidade de maturar, de pensar e saber como é que vai cuidar desse país porque ele tem muita responsabilidade”, afirmou. “A culpa dos juros é do BC. Agora é o Senado que pode trocar o presidente do BC.”
Outros dados
Ainda segundo a pesquisa, para 87% dos que votaram em Lula, o presidente está certo em seu posicionamento. Somente 8% discordam.
Entre os brasileiros que recebem até dois salários mínimos, 79% apoiam Lula. Entre aqueles que ganham de dois a cinco salários mínimos, 77% apoiam. Já para 72% das pessoas com investimentos, o presidente também está certo.
O levantamento também apontou que para 46% das pessoas ouvidas pela Genial/Quaest, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, lida com a inflação brasileira “com interesses políticos”.
Edição: Vivian Virissimo