NOVA DEFESA

Bolsonaro dispensa AGU e opta por bancas privadas de advogados

Assessoria do ex-presidente diz que decisão não foi motivada por desconfiança coma nova equipe do instituição

Brasil de Fato|Recife(PE) |
Jair Bolsonaro e Frederick Wassef: advogado permanece a frente do caso que investiga a facada contra o ex-presidente, em 2018 - Reprodução

A Advocacia-Geral da União (AGU) não fará mais a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele optou por contratar bancas privadas de advogados para defendê-lo em uma série de 28 processos. Mesmo não estando mais no cargo, ele teria direito a utilizar os serviços da AGU.

A maioria dos casos contra o ex-presidente está em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF) e os  principais estão sob os cuidados do ministro Alexandre de Moraes.

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Serão acompanhados pelos novos advogados casos como as multas por desrespeitar as regras sanitárias na pandemia, os atos golpistas do dia oito de janeiro e a investigação a pedido da CPI da Covid no senado sobre a conduta de Bolsonaro durante a pandemia. 

Os advogados constituídos pelo ex-presidente são aliados políticos com a atuação no PL, partido presidido por Valdemar da Costa Neto e ao qual Bolsonaro é filiado, e nomes de confiança do senador Flávio Bolsonaro(PL-RJ), filho do ex-presidente.

Aliado de Bolsonaro, o advogado Frederick Wasseff ficará responsável por um único caso: o que investiga a facada contra o ex-presidente, em 2018, durante as eleições presidenciais. 

Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o assessor de Jair Bolsonaro, João Henrique Nascimento, disse que a troca não foi motivada por desconfianças com o novo advogado-geral da União, Jorge Messias. 

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"A desistência da representação pela AGU não decorre de desconfiança, posto que, se assim fosse, retiraríamos todos os processos atualmente aos cuidados por eles. Estamos retirando apenas alguns processos mais relevantes para a estratégia geral de defesa, que demandam um acompanhamento mais próximo", afirmou.

Messias, que é o atual chefe da AGU, ocupou cargos no governo Dilma Rousseff e, após os atos golpistas do dia oito de janeiro, pediu a prisão do então Secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres. 

Edição: Thalita Pires