A defesa de Daniel Alves sofreu um revés nesta terça-feira (21). Os advogados do jogador, que está detido há um mês, foram à Justiça espanhola pedir sua liberdade provisória, mas o recurso foi negado pelos três juízes que analisaram o caso. O receio dos magistrados é que o brasileiro fuja para seu país de origem.
Caso escape para o Brasil, o jogador pode nunca mais retornar à Espanha, já que não há acordo de extradição entre os dois países. A defesa de Alves apresentou aos juízes alternativas para a liberdade do brasileiro, como a entrega imediata do passaporte, comparecimento diário a uma delegacia local e uso de uma tornozeleira eletrônica, mas não convenceu os juízes.
Para os magistrados, Daniel Alves possui recursos financeiros suficientes para alugar um avião e sair da Espanha, ou mesmo de fazê-lo por terra, até países vizinhos. O jogador tem residência fixa no Brasil e uma "série de negócios no país", ponderaram os juízes.
Nova mudança na versão da defesa não é oficial
Circula nas redes sociais a informação de que a defesa de Daniel Alves teria novamente mudado a versão do jogador sobre os fatos ocorridos na boate espanhola. De acordo com o jornalista Cesc Maideu, do jornal catalão Ara, em seu último depoimento, o brasileiro afirmou que a jovem o teria assediado e que ele não havia falado sobre isso antes para "protegê-la". "A verdade é que queria proteger esta jovem", teria dito Alves.
Até o momento, a nova mudança na versão do jogador não foi publicizada nem pelos advogados de defesa, nem pelo Ministério Público espanhol.
Relembre o caso
Uma jovem espanhola de 23 anos afirma que Alves a estuprou em uma boate em Barcelona, no dia 30 de dezembro do ano passado. O brasileiro já apresentou duas versões diferentes sobre o crime. Primeiro, negou que conhecesse a jovem espanhola e que tivessem se encontrado na boate em Barcelona.
Depois, admitiu que conhecia a vítima e que manteve relações sexuais com ela. No entanto, afirmou que teriam sido consensuais. A jovem mantém a mesma versão sobre o fato desde que prestou seu primeiro depoimento, em 4 de janeiro deste ano.
Edição: Thalita Pires